Diplomatas dizem que Conselho de Segurança chegou a acordo sobre Síria; Rússia nega
Diplomatas que participaram nesta quarta-feira (25) de uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmaram que Estados Unidos, Rússia, França, China e Reino Unido haviam chegado a um consenso sobre uma resolução do Conselho de Segurança para a destruição do arsenal químico da Síria.
A informação teria sido passada a agências de notícias --em condição de anonimato-- por ministros das Relações Exteriores de dois dos cinco países que são membros permanentes do Conselho. Eles afirmaram, ainda, que o projeto de resolução poderia ser apresentado em breve ao conselho completo, formado por 15 países.
A Rússia, no entanto, negou que tenha havido acordo. "Este é apenas o pensamento positivo deles [diplomatas]", disse o porta-voz da delegação russa na ONU. "Isso não é a realidade. O trabalho sobre o projeto de resolução ainda está em andamento”, disse, segundo a Reuters.
Um importante ponto de discórdia entre a Rússia e as potências ocidentais tem sido a inclusão na resolução do Capítulo 7 da Carta da ONU, que trata sobre ações militares e não militares para restabelecer a paz.
A Rússia, país aliado do presidente sírio Bashar Assad, deixou claro que não aceitaria uma resolução inicial nas formas do Capítulo 7 e que quaisquer medidas punitivas teriam de ser aprovadas em uma nova resolução do Conselho de Segurança a partir da comprovação clara de que a Síria tenha desrespeitado o acordo.
Os cinco membros permanentes se reunirão novamente na próxima sexta-feira (27) para discutir uma proposta de conferência de paz para a Síria, em Genebra.
A equipe de inspetores da ONU que apura o uso de armas químicas na Síria voltou a Damasco nesta quarta-feira para completar a investigação. Relatório da organização divulgado neste mês já apontou uso de gás sarin em um ataque ocorrido em agosto no subúrbio da capital.
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