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'Viúva Branca' fugiu de shopping após se lambuzar com sangue, diz jornal

Do UOL, em São Paulo

30/09/2013 09h50

A britânica Samantha Lewthwaite, conhecida como “Viúva Branca”, foi uma das terroristas líderes do ataque ao shopping Westgate em Nairóbi, no Quênia, e conseguiu fugir do local por ter se disfarçado de vítima após ter lambuzado o rosto com sangue, afirma uma fonte dos serviços de segurança quenianos ouvida pelo o jornal “Belfast Telegraph”.

A ação terrorista ocorrida no último dia 21 de setembro deixou 72 mortos. O grupo islâmico al-Shabab assumiu a autoria do atentado, mas negou que Lewthwaite tenha participado.

Segundo o “Belfast Telegraph”, a “Viúva Branca” alugou uma loja no shopping Westgate meses antes do ataque para conhecer melhor o local e se preparar para o atentado.

Funcionários do shopping disseram a policiais que ajudaram uma mulher com as mesmas características físicas de Lewthwaite a carregar caixas pela loja. Testemunhas também contaram que no dia do atentado viram uma mulher parecida com a 'viúva branca' saindo do shopping com o rosto cheio de sangue.

Para a polícia, Lewthwaite liderou um grupo de 13 a 17 terroristas no dia do ataque.

Na quinta-feira (26), a Interpol emitiu um alerta vermelho --que equivale a um mandado de prisão-- para Samantha Lewthwaite, a pedido do governo do Quênia.

O alerta da Interpol, no entanto, foi pedido pela suposta participação de Samantha em atividades terroristas no Quênia em 2011.

Quem é a 'Viúva'

Samantha, que é viúva de Jermaine Lindsay, um dos autores dos ataques contra a rede de transportes de Londres em 2005, entrou no Quênia usando um passaporte falso da África do Sul, segundo a polícia queniana.

Lewthwaite, oriunda da cidade de Aylesbury, nos arredores de Londres, teria relação com células terroristas. Ela foi apelidada pela imprensa de "Viúva Branca", e segundo a polícia ela teria fugido do Quênia à Somália em 2012.

Filha de um soldado britânico, Lewthwaite se disse horrorizada quando seu marido, nascido na Jamaica, detonou a mochila cheia de explosivos que carregava e matou 26 pessoas em um vagão do metrô de Londres no dia 7 de julho de 2005. Naquele momento estava grávida de seu segundo filho.

Condeno totalmente e estou horrorizada pelas atrocidades ocorridas em Londres", afirmou, descrevendo seu marido como "um marido bom e carinhoso, que não deu nenhum sinal de ir cometer este crime atroz".

O jornal queniano "Daily Nation" citou especialistas de segurança para afirmar que os islamitas da costa queniana a chamam de "Dada Muzungu" - "irmã branca" em suaíli - e que conseguiu escapar de uma operação policial em Mombaça em janeiro de 2012. (Com agências internacionais)