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Mulher morta em tiroteio se sentia perseguida por Obama, diz TV

Do UOL, em São Paulo

04/10/2013 08h53

A mulher suspeita de provocar o incidente em frente à Casa Branca que terminou com um tiroteio na região do Capitólio, em Washington, na quinta-feira (3), tinha um histórico de problemas mentais e se sentia perseguida pelo presidente americano Barack Obama, disseram fontes policiais ao canal de TV "NBC".

Miriam Carey, 34, foi morta durante um tiroteio depois de, segundo a polícia, tentar ultrapassar a barreira de segurança da sede do governo americano com seu carro.

A mãe de Miriam, Idella Carey, afirmou que ela não tinha histórico de violência, mas sofria de depressão pós-parto desde o nascimento da filha, há cerca de um ano.

"Ela teve depressão pós-parto depois de ter o bebê, em agosto do ano passado", declarou a mulher à rede "ABC News".

Ainda segundo a mãe, Miriam Carey chegou a ser hospitalizada por causa da depressão, poucos meses após o nascimento da criança.

A polícia confirmou que a menina, de um ano de idade, é a criança encontrada no carro da motorista após o tiroteio. A filha de Miriam foi retirada sem ferimentos e está sob tutela do Estado. Dois policiais ficaram feridos durante a ação, mas passam bem.

A mãe informou ainda que não sabe o que Miriam estava fazendo em Washington, mas acredita que ela tenha ido levar a filha para uma consulta médica.

Miriam Carey era natural de Stamford, no Estado americano de Connecticut, e trabalhava em Nova York como assistente em um consultório dentário.

Na madrugada desta sexta-feira (4), agentes federais, esquadrões antibomba e policiais locais revistaram o apartamento em que Miriam morava com a mãe e uma irmã, em Stamford. Ao menos 50 pessoas foram evacuadas do prédio.

Dentista diz que Carey era “grossa”

O dentista Barry Weiss, para quem Carey trabalhou em janeiro de 2002, contou à “NBC” que seus pacientes se queixaram de que ela era muito grossa.

Segundo Weiss, Carey, quando trabalhava em sua clínica, parecia muito estressada depois de uma gravidez não planejada.

Já o dentista Steven Oken, que era o atual chefe de Miriam, descreveu a funcionária como uma pessoa "apolítica" e "feliz".

"Eu nunca iria em um milhão de anos acreditar que ela faria algo assim ", disse ele . "É a coisa mais distante de qualquer coisa que eu poderia pensar que ela poderia fazer, especialmente com seu filha no carro. Estou chocado", declarou o dentista à rede de TV "ABC News".

Congresso ficou fechado por 40 minutos

Por causa do tiroteio, o Capitólio dos Estados Unidos (sede do Congresso americano), em Washington DC, ficou fechado por cerca de 40 minutos nesta quinta-feira (3).

A Câmara dos Deputados e o Senado estavam com sessões em andamento quando os disparos foram ouvidos. O governo dos EUA está há três dias em paralisação parcial por falta de financiamento, devido a um impasse entre os parlamentares.

"O momento em que isso aconteceu foi realmente assustador", disse à CNN o deputado republicano Blake Farenthold, do Texas. "A polícia d Capitólio está com menos pessoal por causa da paralisação." (Com agências internacionais)