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Avião desaparecido da Malásia voava mais rápido do que se sabia

Do UOL, em São Paulo

28/03/2014 18h22

A força-tarefa internacional aeromarítima que busca os destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines foi redirecionada na sexta-feira (28) para uma área 1.100 quilômetros ao norte daquela que vinha sendo vasculhada por mais de uma semana.

A decisão foi tomada depois que as autoridades australianas receberam novas informações de radar da Austrália, mostrando que o avião desaparecido voava mais rapidamente do que se imaginava, e que por isso teria ficado sem combustível antes.

A nova área de buscas é maior, porém mais perto da costa australiana, permitindo que os aviões envolvidos passem mais tempo na região. Ela é também bem mais favorável em termos climáticos do que a zona anteriormente focada, em torno do paralelo 40, onde tempestades são frequentes. As autoridades disseram que as buscas na área anterior foram abandonadas.

Durante mais de uma semana, embarcações e aviões de patrulha vinham procurando destroços cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste da cidade de Perth, onde imagens de satélite indicavam a possível presença de destroços do MH370, que desapareceu em 8 de março na rota Kuala Lumpur-Pequim, com 239 pessoas a bordo.

Dez aeronaves usadas na sexta-feira (28) foram imediatamente deslocadas para a nova área, que tem 319 mil quilômetros quadrados e fica cerca de 1.850 quilômetros a oeste de Perth. A Organização Australiana de Inteligência Geoespacial também está redirecionando seus satélites para lá.

Já os navios australianos e chineses presentes na primeira zona de buscas levarão mais tempo para serem deslocados. O navio australiano HMAS Success só deve chegar lá na manhã de sábado.

A mudança se baseia na análise dos dados de radar entre o mar do sul da China e o estreito de Malacca, que separa a Malásia da Indonésia, segundo o Departamento Australiano de Segurança dos Transportes.

O voo MH370 voou durante cerca de uma hora na sua rota prevista, antes de fazer uma curva repentina e começar a voltar. Seus instrumentos de localização e comunicação foram misteriosamente desativados, e a última posição dele foi registrada por radares militares. (Com Reuters)

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