Buscas por avião desaparecido na Ásia continuam e mistério aumenta
Quase três dias depois do desaparecimento do voo MH-370 da Malaysia Airlines, as autoridades da Malásia e do Vietnã ainda não têm pistas sobre o paradeiro da aeronave. O avião desapareceu no sábado (8) uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, carregando 239 pessoas, quando sobrevoava a costa do Vietnã.
Entre as possibilidades investigadas para o sumiço da aeronave estão uma queda causada por acidente, terrorismo e até mesmo a desintegração do avião em pleno ar.
Nesta segunda-feira (10), navios chineses avistaram novas manchas de óleo no Golfo da Tailândia e investigam se elas poderiam ser do avião da Malaysia Airlines, mas ainda a origem do material ainda não foi confirmada.
O diretor-geral do departamento de Aviação Civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman, disse que 24 aviões e 40 embarcações de Vietnã, China, Cingapura, EUA, Indonésia, Tailândia, Austrália e Filipinas participam das busca no Golfo da Tailândia.
A aviação vietnamita avistou no domingo (9) à noite, a 80 km da ilha Tho Chu, sul do país, dois objetos que poderiam pertencer ao voo MH370. Mais tarde, as autoridades da Malásia descartaram que os objetos seriam do avião desaparecido.
A demora em encontrar os destroços de uma possível queda do avião está deixando as autoridades aeronáuticas e as equipes de resgate intrigadas e aumenta ainda mais o drama das famílias das 239 pessoas que estavam a bordo da aeronave, a maioria chinesa.
Hipóteses
Apesar da falta de informações sobre o destino da aeronave, autoridades da Malásia e a diretores da Malaysia Airlines pediram para as famílias dos passageiros e tripulantes para se ‘prepararem para o pior’.
Entre as hipóteses mais discutidas para explicação do desaparecimento da aeronave estão uma queda causada por falha humana ou de equipamento, terrorismo e até mesmo a desintegração da aeronave.
As autoridades da Malásia informaram que os comandantes da aeronave não relataram, por rádio, nenhuma anormalidade durante o voo. Órgãos meteorológicos informam que o tempo estava bom no momento em que a aeronave desapareceu, o que diminuiria a possibilidade de uma queda causada por mau tempo.
A possibilidade de um ataque terrorista ganhou força depois que a polícia da Malásia informou que duas pessoas embarcaram no voo portando passaportes roubados. Segundo a Interpol, os passaportes seriam de um cidadão italiano e um austríaco. Os dois viajariam juntos até Pequim e de lá, para Amsterdã, na Holanda.
Uma equipe do FBI (a polícia federal norte-americana) foi enviada neste domingo para a Malásia para ajudar nas investigações sobre o caso. Havia três norte-americanos no voo.
Outros dois fatores que aumentam as suspeitas sobre um possível atentado terrorista são uma alteração na rota do avião sem comunicação entre os pilotos e as torres de controle de tráfego aéreo e o fato de que a Malásia, país de maioria muçulmana, é conhecido como um foco de células terroristas.
A possibilidade de desintegração da aeronave foi levantada por uma fonte até agora não identificada que trabalha nas investigações do desaparecimento do avião. Segundo essa fonte, a aeronave desapareceu dos radares após alcançar a altitude de 35 mil pés.
"O fato de não termos encontrado nenhum destroço até agora, parece indicar que o avião pode ter se desintegrado a cerca de 35 mil pés", disse a fonte.
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