Não descansaremos até encontrar o MH370, diz ministro
As equipes de resgate ao voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde o dia 8 de março, não têm um prazo para finalizar as buscas, informou nesta segunda-feira (31) o ministro interino dos Transportes, Hishammuddin Hussein. Durante coletiva de imprensa, ele afirmou que o governo da Malásia continuará buscando o Boeing e não descansará até que as respostas para seu desaparecimento sejam encontradas.
Hussein informou ainda que uma agência multinacional será estabelecida para centralizar e coordenar as buscas. A base será na Austrália.
Até agora, todos os objetos avistados por aviões da equipe de resgate não foram confirmados como pertencentes ao voo MH370. Quatro objetos de cor laranja foram visto por uma aeronave durante as buscas no Oceano Índico, mas ficou comprovado que se tratava de equipamento de pesca, segundo informou o governo australiano nesta segunda-feira (31).
Segundo o tenente Russell Adams, da Força Aérea australiana, os objetos avistados no domingo (30) eram até agora as pistas mais promissoras.
Dez aviões e dez navios estão vasculhando uma área de 319.000 km quadrados a sudeste da cidade litorânea de Perth para tentar encontrar destroços do Boeing 777-200.
A bateria do “pinger”, equipamento que grava as informações relativas ao voo, incluindo as gravações na cabine, funciona por um mês –o que aumentava a pressão sobre os esforços da força multinacional formada por 26 países para encontrar a aeronave.
As equipes de busca estão utilizando uma ferramenta como “localizador de ping” para encontrar a caixa-preta, que poderá ser usada uma vez que sejam encontrados destroços do avião.
“A intensidade e a magnitude de nossa busca está aumentando e não diminuindo”, afirmou mais cedo o primeiro-ministro australiano, Tony Abbot. “Podemos continuar procurando por muito tempo”.
O voo MH370 fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim no dia 8 de março, com 239 pessoas a bordo, quando perdeu contato com o controle de tráfego aéreo cerca de 40 minutos após a decolagem. Dos passageiros, 153 eram de origem chinesa e dezenas de parentes chegaram a Kuala Lumpur neste domingo (30) para acompanhar de perto as buscas. Eles estão frustrados com a falta de informação por parte das autoridades malaias.
Muitos familiares ficaram revoltados quando o primeiro-ministro malaio Najib Razak anunciou que acreditava que o avião havia caído no mar, sem deixar sobreviventes.
A afirmação ganhou reforço do governo australiano. “O acúmulo de evidências indica que a aeronave se perdeu em algum ponto no sul do Oceano Índico”, afirmou Abbot. “É o que a imensa maioria de evidências nos mostra e acredito que o primeiro-ministro Najib Razak tinha toda a razão em chegar a essa conclusão”.
Várias teorias têm circulado a respeito do que teria acontecido com o voo MH370. Entre elas, a suspeita de que o piloto teria sequestrado o avião. Em sua casa, as autoridades encontraram um simulador de voo. No sábado (29), entretanto, o governo malaio disse que os investigadores não encontraram “nada sinistro” no simulador.
"Estamos realizando as buscas em uma area vasta do oceano, e trabalhando em cima de informação bem limitada”, disse o primeiro-ministro Tony Abbot nesta segunda-feira. “Entretanto, contamos com o apoio das mentes mais brilhantes do mundo nesta tarefa (…). Se este mistério pode ser resolvido, nós vamos solucioná-lo”.
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