Israel aprova nova trégua de 24 horas a pedido da ONU; Hamas mantém ataques
O gabinete de segurança de Israel aprovou uma proposta feita pela ONU (Organização das Nações Unidas) de que a trégua humanitária deste sábado (26) fosse estendida por mais 24 horas, segundo porta-voz das Forças Armadas, o coronel Peter Lerner. O Hamas rejeitou a medida e manteve os disparos de foguetes.
A trégua unilateral de Israel deve ocorrer até a meia-noite no horário local (18h de Brasília) deste domingo (27). Durante o período, as Forças Armadas de Israel vão continuar em missão terrestre e podem responder caso sejam atacadas pelos radicais islâmicos.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, rejeitou a extensão do cessar-fogo afirmando que "qualquer trégua humanitária não terá valor sem a retirada dos tanques israelenses da Faixa de Gaza, sem que seus habitantes possam voltar as suas casas e sem que as ambulâncias transportando os corpos possam circular livremente".
Em entrevista à "CNN" neste sábado, Lerner confirmou que a operação israelense vai se concentrar em destruir com explosivos os túneis criados pelo Hamas e outros grupos radicais islâmicos. Os túneis, alguns com até 3 km de extensão, servem para que terroristas acessem locais fora de Gaza, disse o militar, e cometam ataques e sequestros. A segunda fase, prosseguiu Lerner, será destruir locais que possam abrigar mísseis.
Mais cedo, Israel havia concordado em estender por quatro horas a trégua humanitária em Gaza. Porém, o grupo radical Hamas rejeitou essa proposta.
O sistema antimísseis israelense chegou a interceptar dois foguetes logo após o fim do prazo humanitário. O braço armado do movimento islamita Hamas, as Brigadas Ezedin al-Qassam, assumiu a responsabilidade pelo disparo de sete foguetes.
Número de mortos sobe para mil
A trégua acordada inicialmente, de 12 horas, foi obedecida por ambas as partes até 20h no horário local (14h no horário de Brasília). Com a trégua humanitária, ambulâncias entraram nas regiões de conflito neste sábado (26) e retiraram mais de uma centena de corpos entre os escombros.
Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em 8 de julho, mais de mil palestinos foram mortos, na sua grande maioria de civis. Outros 6.000 palestinos, também na maioria civis, estão feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Do lado de Israel, 42 israelenses morreram, 40 deles soldados, além de um trabalhador tailandês, desde o início da ofensiva.
Mais cedo, uma reunião em Paris reuniu chefes da diplomacia da França, Estados Unidos, Catar, Turquia e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para buscar uma trégua duradoura. As autoridades fizeram um apelo pela prolongação do cessar-fogo em vigor, segundo o chanceler francês, Laurent Fabius.
Bairros devastados
Em Gaza, muitos palestinos aproveitaram o breve respiro para voltar aos seus bairros devastados, onde os cadáveres e os escombros se acumulavam. Multidões procuravam por água e comida.
Equipes de resgate e jornalistas descreviam cenas de desolação: casas que desabaram, corpos enegrecidos entre as ruínas e poças de sangue sobre as marcas dos tanques israelenses.
O Hamas desaconselhou os deslocados pelo conflito --mais de 160 mil, segundo a ONU-- a se aproximar dos imóveis bombardeados e das zonas de combate pela possível presença de artefatos.
O Exército israelense também recomendou que os habitantes não voltassem as suas casas neste minúsculo território onde cerca de 1,8 milhão de pessoas vivem na miséria. (Com agências internacionais)
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