Copiloto recebeu tratamento psiquiátrico por tendências suicidas, diz procuradoria
A procuradoria alemã, a cargo das investigações sobre a queda do avião da Germanwings na semana passada, afirmou nesta segunda-feira (30) que o copiloto Andreas Lubitz havia recebido tratamento psiquiátrico por apresentar tendências suicidas anos atrás, antes de seu treinamento como piloto.
No entanto, Lubitz não apresentava tendências suicidas recentemente, nem comportamentos que sugerissem que ele pudesse ser agressivo em relação a outras pessoas, afirmou o porta-voz Ralf Herrenbrück. Ele passou por tratamento de psicoterapia "por vários anos"
A procuradoria negou ainda que ele tivesse algum problema físico que pudesse ter algum impacto sobre sua atividade como piloto. Na semana passada, chegou-se a especular que ele tivesse problemas de visão.
Segundo Herrenbrück, ainda não há pistas sobre os motivos que teriam levado Lubitz a propositadamente derrubar o A320 sobre os Alpes franceses, conforme acreditam os investigadores. Até o momento, traços de DNA de 80 das 150 vítimas foram detectados.
Nesta segunda, a Clínica Universitária de Düsseldorf, onde o copiloto buscou tratamento nos últimos dois meses, entregou seu histórico médico para o Ministério Público da cidade alemã.
Uma porta-voz da clínica confirmou que as atas foram entregues, mas não forneceu detalhes, alegando que as investigações estão em andamento e que respeita a confidencialidade médica.
Na sexta-feira passada, diante das informações sobre a saúde psíquica de Lubitz, o centro hospitalar emitiu um comunicado afirmando que o copiloto tinha ingressado na clínica como paciente em fevereiro e, pela última vez, em 10 de março.
A clínica, no entanto, não revelou detalhes sobre a possível doença que Lubitz sofria, mas negou, ao contrário do divulgado pela imprensa, que ele tivesse depressão.
A promotoria de Düsseldorf estuda a documentação apreendida nas revistas feitas nas casas do copiloto. Na semana passada, a justiça alemã informou que foram encontrados receitas médicas que indicavam uma "doença e seu correspondente tratamento".
Além disso, foram descobertos atestados médicos rasgados mas atuais, vigentes inclusive para o dia da tragédia, quando o avião caiu nos Alpes franceses. (Com agências internacionais)
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