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"Parque de diversões" da Rio+20 ainda está às moscas

Mauricio Stycer

Do UOL, no Rio

14/06/2012 16h26

Palco para exibição de experiências bem-sucedidas em matéria de desenvolvimento sustentável, o Parque dos Atletas não está atraindo o público esperado. Localizado em frente ao Riocentro, onde ocorre a Rio+20, o espaço recebe estandes de diferentes países, órgãos estatais do Brasil, empresas e representações regionais.

Concebido como uma atividade complementar à Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre de 13 a 22 de junho, o espaço de exibições tem a melancólica aparência de um enorme parque de diversões vazio. A presidente Dilma Rousseff inaugurou oficialmente o pavilhão do Brasil na manhã de quarta-feira.

A reportagem do UOL visitou o local no seu segundo dia de funcionamento e encontrou a maioria dos estandes às moscas. Funcionários sem ter o que fazer conversam entre si, enquanto outros descansam à sombra.

Países com pouca tradição na área, ou com má reputação em matéria ambiental, usam o espaço para fazer relações públicas. No caso do Qatar, porém, o esforço está comprometido pelo atraso na chegada de seu material promocional, o que deixou o estande sem nada para mostrar. Como o UOL adiantou, o país pretende mostrar na Rio+20 seus investimentos em energia solar para dessalinizar água. A ideia é conseguir tirar o sal de 100% da água com energia proveniente do Sol.

Outros pavilhões chamam a atenção pela suntuosidade, como o dos Emirados Árabes, que exibe fotos dos sheiks que comandam o país à entrada.

Um dos mais bonitos é o da Itália, feito de forma sustentável, com madeira reciclada, mesas de papelão, bambu e telas que captam energia do sol.

Fabricantes de veículos tentam atrair o público com protótipos de veículos movidos a energia elétrica ou híbridos. No estande da BMW, diante do pedido do fotógrafo para registrar um carro em exibição, um funcionário é chamado para retirar o pó que cobre o motor.