Ser processado não presume culpa, diz França sobre ex-tesoureiro de Alckmin
Colaboração para o UOL
O pré-candidato ao governo de São Paulo Márcio França (PSB) defendeu que ser processado não significa ser culpado quando questionado sobre ter nomeado Marcos Monteiro, ex-tesoureiro de Geraldo Alckmin (PSDB) para a Investe São Paulo. Monteiro é acusado por delatores da Java Jato de ter deixado de declarar R$ 8,3 milhões na campanha do então candidato tucano ao governo de São Paulo em 2014, de quem era vice.
Em sabatina promovida por UOL, Folha de S. Paulo e SBT nesta quarta-feira (30), o atual governador argumentou que a participação de Monteiro nas delações, no entanto, não presume culpa. "Se eu sair daqui e te processar, você vai ser processado. Deve ser demitido?", questionou. "Tem muita gente correta no meio e malandro quer estar nesse meio para ser criada uma distração", completou.
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França afirmou que conhece Monteiro e que ele "é alguém de bem", mas "evidentemente deve ser investigado". Segundo ele, caso o ex-tesoureiro ou qualquer secretário venha a ser julgado culpado, será demitido. "Até lá eu, como advogado, acredito na presunção da inocência", declarou.
"Sou político"
França aproveitou para cutucar João Doria (PSDB), seu concorrente ao governo de São Paulo, quando falou sobre a má fama da classe política no Brasil atualmente. "Eu não vou negar o que eu sou. Eu sou político, não vou falar eu sou gestor", disse o governador em referência ao discurso adotado por Doria durante as eleições para prefeito de São Paulo e durante toda a sua gestão.