Promotores e procuradores querem Demóstenes Torres longe do Ministério Público de Goiás
O afastamento cautelar de Demóstenes Torres, senador cassado no dia 11 de julho, de suas funções como procurador da Justiça no Ministério Público de Goiás (MP-GO) foi pedido ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por um grupo de promotores e procuradores goianos. O documento foi protocolado na manhã desta segunda-feira (27) e contém mais de 80 assinaturas.
Segundo informações da assessoria de comunicação do CNMP, a representação coletiva possui três pedidos: o afastamento cautelar de Demóstenes enquanto durar a investigação aberta contra ele, a avocação da reclamação disciplinar, ou seja, transferir para o conselho a investigação aberta no MP-GO e a instauração de um processo administrativo disciplinar.
O teor do documento protocolado não foi divulgado, e a assessoria do CNMP informou que até o momento o pedido chegou apenas ao protocolo e ainda não recebeu autuação (virou um processo) nem foi distribuído. O CNMP não se manifestou em relação ao documento, que ainda será analisado.
O nome dos promotores e procuradores integrantes do grupo também não foram divulgados. Há apenas a informação de que a maioria atua no Estado de Goiás. De acordo com a assessoria de comunicação do MP-GO, o procurador-geral de Justiça Benedito Torres Neto, irmão de Demóstenes, ainda não foi informado sobre o conteúdo da representação.
Assim que tiver conhecimento sobre o teor do documento, informou o MP-GO, irá se pronunciar. Em relação à reclamação disciplinar contra Demóstenes, que corre no MP, o corregedor diz que tem informado o CNMP sobre todas as atas em andamento.
Demóstenes Torres foi cassado no dia 11 de julho por suspeitas de envolvimento com o grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF), na operação Monte Carlo, apontam a proximidade do ex-senador com o contraventor.
Inelegível até 2027, Demóstenes retomou suas funções como procurador no dia 12 de julho, um dia após a cassação. Licenciado desde 1999, quando assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública e Justiça de Goiás, Torres optou pela carreira política e foi eleito senador em 2002 pelo extinto PFL, atual DEM. A reeleição aconteceu em 2010.
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