Oposição tem que ser racional, não "tchutchuca e tigrão", diz Ciro Gomes
Candidato derrotado nas eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT) disse hoje que a oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL) deve ser racional em vez de fazer deboches.
"Eu estou propondo outro caminho de oposição. Ao invés desse negócio de 'tchutchuca e tigrão', de deboche. Acho que é necessário racionalizar o debate", disse Ciro Gomes.
A frase de Ciro fez referência ao bate boca entre Zeca Dirceu (PT-PR) e o ministro Paulo Guedes (Economia).
Desde as eleições, Ciro vem se distanciando do PT e evita uma atuação conjunta da maior sigla da oposição no Congresso.
No Congresso há uma cisão entre os partidos de ideologia de centro e esquerda. A composição da oposição se divide, na maioria dos assuntos, entre PCdoB e PDT, de um lado, e outro bloco com PT, PSB, Rede e PSOL, de outro.
Ele disse que a atuação da oposição deve acontecer ao longo do governo: "não é uma corrida de 100 metros, mas uma maratona".
A declaração aconteceu em um mesa para discutir os 100 dias do governo Bolsonaro. O evento foi promovido pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Outra convidada, a candidata derrotada Marina Silva (Rede), disse que fazer oposição não é simplesmente criticar, mas ajudar a oferecer caminhos e discutir propostas.
"Temos que aguardar os 100 primeiros dias. É o que acontece na cultura política de modo geral. Se tem proposta justa e boa para o Brasil eu não serei contra. A família Bolsonaro faz uma oposição [ao próprio governo], acho que tem algumas questões que o próprio presidente não sabe. A pior coisa é quando você não sabe que não sabe", disse, sobre a atuação da oposição às propostas e atuação de Bolsonaro.
Na visão de Ciro Gomes, a oposição deve começar a se apresentar após os 100 dias de governo -- completados no dia 10 de abril. Uma alternativa para isso, segundo ele, seria trazer ao debate público dados do orçamento e analisar as medidas concretas feitas pelo governo.
"A tática de irracionalizar o debate a cada momento de dificuldade política eles ganham. Porque estão muito bem assessorados. Eles estão bem assessorados com a estratégia do [Donald] Trump. Eles conhecem a psicologia do nosso povo", disse.
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