Decisão é estranha, diz Doria sobre afastamento de Witzel
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje que a decisão monocrática do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em afastar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi "no mínimo estranha".
"Eu não estou aqui para fazer juízo de valor e nem de mérito. Mas eu defendo sempre que investigações e esclarecimentos de denúncias sejam feitos. Porém, quero registrar como governador do estado de São Paulo, que uma decisão desta dimensão, monocrática e não de um colegiado, é no mínimo estranha", afirmou em entrevista coletiva concedida hoje no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com o governador de São Paulo, uma decisão dessa magnitude deveria ter sido adotada por um colegiado e não apenas por um juiz.
"Uma decisão como essa, a meu ver, deveria ser adotada por um colegiado e não por um único juiz. Repito, não faço juízo de valor e de mérito e defendo que todas as investigações sejam feitas e concluídas. Mas também enfatizo que uma decisão desta natureza, desta dimensão, tomada por um único juiz e não por um colegiado, não representa um fator de responsabilidade de um fator dessa ordem", disse.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou hoje o afastamento imediato de Wilson Witzel (PSC) do cargo de governador do Rio de Janeiro devido a suspeitas de fraude em compras na área da saúde durante a pandemia do coronavírus. A decisão do ministro Benedito Gonçalves tem validade inicial de 180 dias. O vice-governador Cláudio Castro assume o cargo. Witzel também foi denunciado pela PGR (Procuradoria-geral da República).
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