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Mendonça: 'Tem que ter paciência e no tempo certo a sabatina será marcada'

André Mendonça, indicado para o Supremo Tribunal Federal por Bolsonaro - Anderson Ridel/PR
André Mendonça, indicado para o Supremo Tribunal Federal por Bolsonaro Imagem: Anderson Ridel/PR

Do UOL, em São Paulo

16/09/2021 18h54Atualizada em 16/09/2021 22h06

André Mendonça, pastor evangélico indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), compareceu hoje ao Senado Federal para visitar gabinetes dos parlamentares. Mendonça declarou que está conversando com os senadores e "no tempo certo" sua sabatina será marcada.

Para chegar ao STF, o ex-advogado-geral da União necessita passar por validação do Senado.

"A gente está conversando com os senadores e vai continuar conversando. Tem que ter paciência, resiliência e no tempo certo a sabatina vai ser marcada", disse Mendonça na visita. A fala rápida do ex-ministro da Justiça foi transmitida pela GloboNews.

À coluna da jornalista Carolina Brígido no UOL, Mendonça declarou que "sem chances" de desistir da candidatura ao cargo.

A fala ocorre após uma matéria da coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, na qual senadores e ministros da Corte disseram esperar que Mendonça desista de se candidatar ao cargo.

De acordo com Bergamo, para os contrários ao nome, a saída de Mendonça ajudaria Bolsonaro frente à rejeição da indicação de Mendonça. Entretanto, a coluna aponta que o pastor evangélico não aceita a ideia de desistir do cargo.

Indicação

A mensagem (MSF 36/2021) do presidente da República de indicar Mendonça ao cargo foi publicada no Diário Oficial da União no dia 13 de julho. Mas o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ainda não agendou a arguição de Mendonça na Comissão.

Mendonça foi indicado para ocupar o posto de 11ª ministro do STF, no lugar ex-ministro Marco Aurélio Mello, aposentado compulsoriamente ao completar 75 anos de idade. Para chegar à Corte, o ex-advogado-geral da União necessita passar por validação do Senado.

O primeiro passo é a sabatina na CCJ, formada por 27 senadores. Alcolumbre, porém, insatisfeito com a forma como o Planalto tem se relacionado politicamente com ele, trava a discussão, não agendando a arguição.

Mendonça foi indicado ao STF em julho, sendo a segunda indicação de Bolsonaro à Corte. Antes, em outubro do ano passado, o presidente já havia apontado Kassio Nunes Marques para a vaga do ex-ministro Celso de Mello.

O pastor já era cotado para a cadeira pelo menos desde julho de 2019, quando Bolsonaro afirmou, em um culto com a bancada evangélica na Câmara dos Deputados, que levaria ao Supremo um nome "terrivelmente evangélico".

Ontem, Bolsonaro se encontrou com líderes evangélicos para dar esclarecimentos aos aliados sobre o impasse no Senado. Segundo os pastores, o presidente disse que, ao menos por ora, não pretende retirar a indicação de Mendonça.

*Com informações da Agência Brasil e Agência Senado