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Pacheco diz que conversará com Alcolumbre sobre sabatina de Mendonça

Do UOL, em São Paulo

16/09/2021 10h51Atualizada em 16/09/2021 11h20

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse hoje que, em meio ao impasse na CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) sobre a sabatina de André Mendonça, buscará conservar com o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da instância da Casa.

"Conversarei com o Davi Alcolumbre, obviamente respeitando a autoridade dele, mas sempre faremos a ponderação do melhor caminho, que é o do consenso para podermos resolver essa questão", afirmou Pacheco ao chegar ao Congresso, em fala transmitida pela CNN Brasil.

Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o posto de 11ª ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), no lugar ex-ministro Marco Aurélio Mello. Para chegar à Corte, o ex-advogado-geral da União necessita passar por validação do Senado.

O primeiro passo é a sabatina na CCJ, formada por 27 senadores. Alcolumbre, porém, insatisfeito com a forma como o Planalto tem se relacionado politicamente com ele, tem travado a discussão, não a agendando.

Na chegada ao Congresso, Pacheco disse que os motivos para a sabatina ainda não ter sido realizada "podem ser muitos". "Isso (discussão sobre indicações) exige um esforço concentrado, a presença [de senadores] em Brasília. É algo complexo", argumentou.

Mendonça foi indicado ao STF em julho, sendo a segunda indicação de Bolsonaro à Corte. Antes, em outubro do ano passado, o presidente já havia apontado Kassio Nunes Marques para a vaga do ex-ministro Celso de Mello.

Mendonça já era cotado para a cadeira pelo menos desde julho de 2019, quando Bolsonaro afirmou, em um culto com a bancada evangélica na Câmara dos Deputados, que levaria ao Supremo um nome "terrivelmente evangélico".

Ontem, Bolsonaro se encontrou com líderes evangélicos para dar esclarecimentos aos aliados sobre o impasse no Senado. Segundo os pastores, o presidente disse que, ao menos por ora, não pretende retirar a indicação de Mendonça.

Ainda assim, de acordo com a coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, senadores ventilam a possibilidade do próprio Mendonça desistir da indicação. Governistas veem na desistência uma saída menos desgastante ao Planalto.

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