Austrália prende 15 suspeitos de planejar atentados do Estado Islâmico no país

Em Sydney

  • David Gray/Reuters

    Agente da Polícia Federal australiana investiga casa em subúrbio de Sydney durante série de batidas para evitar "potenciais ataques" terroristas

    Agente da Polícia Federal australiana investiga casa em subúrbio de Sydney durante série de batidas para evitar "potenciais ataques" terroristas

A polícia federal australiana anunciou nesta quinta-feira (18) a detenção de 15 pessoas e desbaratou planos dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), que pensavam, segundo a imprensa, em decapitar um civil e filmar o assassinato.

Mais de 800 policiais participaram na operação em Sydney e Brisbane, nos estados de Queensland e Nova Gales do Sul, com o objetivo de deter 25 supostos integrantes da mesma rede.

A operação, a maior do tipo organizada na Austrália, acontece apenas uma semana depois de Canberra ter elevado o nível de alerta ante a ameaça representada pelos combatentes australianos do EI, em seu retorno do Oriente Médio.

A polícia decidiu realizar a operação depois de interceptar uma mensagem de "um australiano que estaria bem situado na hierarquia do EI, com um apelo às redes de apoio na Austrália a cometer assassinatos públicos", afirmou o primeiro-ministro Tony Abbott.

"Não são apenas suspeitas, e sim intenção. Esta foi a razão que levou a polícia e as força de segurança a agir", disse.

Um suspeito foi indiciado e uma arma foi apreendida, segundo a polícia.


"Acreditamos que o grupo desbaratado hoje tinha a intenção e começava a planejar atos violentos na Austrália", revelou o chefe da polícia federal, Andrew Colvin, que citou "ataques aleatórios contra civis".

Segundo o canal público ABC, os suspeitos pretendiam, em particular, sequestrar um civil em Sydney, envolvê-lo em uma bandeira do EI e decapitar a vítima diante das câmeras.

A polícia não confirmou a informação.

Além da recente decapitação de três reféns ocidentais, a forma de ação planejada lembra o assassinato do soldado britânico Lee Rigby, em 22 de maio de 2013 a plena luz do dia em uma rua do sul de Londres.

Dois londrinos de origem nigeriana esfaquearam o soldado e praticamente o decapitaram diante dos olhares estupefatos das pessoas que passavam pela rua.

"Estas pessoas, lamento dizer, não nos odeiam pelo que fazemos, nos odeiam pelo que somos e a forma que vivemos", disse Abbott.

Quase 60 australianos combatem entre os jihadistas no Iraque e na Síria, e quase 100 concedem, a partir da Austrália, apoio ativo aos movimentos sunitas radicais, segundo as forças de segurança do país.

 

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