Juíza adia leitura do veredicto de Oscar Pistorius
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Abdullah Doma/AFP
Líbios se reúnem diante do edifício do ministério do Exterior, em Benghazi. A explosão acontece um ano depois do atentado ao consulado dos EUA que matou quatro pessoas, incluindo o embaixador
A magistrada também rejeitou que o corredor tenha matado de forma premeditada a modelo, como sustentava a Promotoria.
A leitura do veredicto foi iniciada ainda pela manhã (hora local) e durou - com diversas paralisações - cerca de três horas e meia. Depois de uma paralisação para o almoço que levou quase duas, Thokozile Masipa reiniciou a sessão e a suspendeu cerca de 20 minutos depois.
Apesar da absolvição da acusação do crime de assassinato, a que poderia ser condenado com prisão perpétua, a juíza acredita que Pistorius disparou deliberadamente e não por acidente, como garantiu o atleta durante o julgamento. Isso deixa aberta a possibilidade de enquadramento no delito de homicídio culposo.
Além disso, a juíza considera que Pistorius atuou de uma forma "negligente", já que poderia ter pedido ajuda em vez de pegar a arma e disparar contra a falsa ameaça que percebeu, que na verdade era Reeva Steenkamp.
Segundo a magistrada, uma "pessoa razoável" teria atuado de outra maneira diante da sensação de que um ladrão havia entrado pela janela de sua casa, como Pistorius disse ter pensado antes de pegar a arma e disparar através da porta do banheiro.
No veredicto, cuja leitura será retomada amanhã às 9h30 (4h30 no horário de Brasília), Thokozile Masipa afirma que o acusado usou "força excessiva" e não fez tudo para evitar uma morte. A pena para homicídio culposo, não tem uma pena concreta na África do Sul, com isso, a decisão sobre a pena ficará a cargo da juíza.