NSA afirma que seria um erro limitar as ferramentas de espionagem


De Washington (nos EUA)

O diretor da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês), general Keith Alexander, criticou nesta quarta-feira (25) as informações "sensacionalistas" sobre os trabalhos da instituição e assegurou que seria um erro limitar seus poderes.

Em uma conferência sobre espionagem cibernética realizada em Washington, Alexander defendeu o trabalho "nobre" da NSA e garantiu que a agência foi injustamente criticada após o vazamento de detalhes sobre seus programas de vigilância por parte do ex-analista Edward Snowden.

"O debate agora é se nos desprendemos de nossas ferramentas, e, se isso ocorrer, será uma decisão errônea porque os fatos que estão sobre a mesa [os programas de espionagem] não são os corretos", declarou o general.

Alexander lamentou que se tenha estendido a ideia de que os EUA podem acessar os conteúdos dos e-mails e ligações telefônicas de todos os norte-americanos, algo sobre o que existem garantias legais para evitar abusos, que se dão em algumas ocasiões isoladas.

"Necessitamos que o país entenda por que precisamos dessas ferramentas, o que significam para as liberdades civis e a privacidade e o importante que são para defender nosso país", disse Alexander.

O diretor da agência de inteligência também negou que a indústria de internet envie à NSA "todos os seus dados de norte-americanos e estrangeiros" e assegurou que isso ocorre apenas por meio de ordens judiciais "individualizadas", como em qualquer outro país.

Por fim, Alexander comentou que os ataques cibernéticos vão piorar no futuro e que é preciso melhorar a "arquitetura conjunta" para analisar os dados de todas as agências de inteligência e investigação federal, como se decidiu após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Grampos nos EUA

O programa O Prism é um programa de inteligência secreta americana que daria ao governo acesso aos dados de usuários de serviços de grandes empresas de tecnologia
Quais dados? Não se sabe exatamente, mas qualquer informação poderia ser consultada. O jornal 'Washington Post' cita e-mail, chat, fotos, vídeos e detalhes das redes sociais
Quem sabia? Segundo Obama, o programa foi aprovado pelo Congresso e é fiscalizado pelo Poder Judiciário no país. Todas as empresas negaram participação
Funcionamento De acordo com fontes do jornal britânico 'The Guardian', o governo poderia ter acesso aos dados sem o consentimento das empresas, mas, como eles são criptografados, precisaria de chaves que só as companhias possuem
Empresas possivelmente envolvidas Microsoft, Google, Facebook, Yahoo, Apple, Paltalk, Skype, Youtube, AOL

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