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Com general integrando-a, TSE cria comissão para ampliar transparência eleitoral

Comissão inclui o general Heber Garcia Portella, comandante de Defesa Cibernética das Forças Armadas - Antonio Augusto/Secom/TSE
Comissão inclui o general Heber Garcia Portella, comandante de Defesa Cibernética das Forças Armadas Imagem: Antonio Augusto/Secom/TSE

Ricardo Brito

Em Brasília

09/09/2021 13h12Atualizada em 09/09/2021 13h20

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) criou uma comissão para ampliar a transparência e a segurança de todas as etapas do processo eleitoral, dois dias após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter voltado a insistir, em manifestação na Avenida Paulista, na adoção do voto impresso para urnas eletrônicas, que são seguras.

A comissão vai contar com a participação de representantes das Forças Armadas — o comandante de Defesa Cibernética, general Heber Garcia Portella —, do Congresso, do Tribunal de Contas da União, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), da Polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral.

A comissão, que terá 12 membros no total, ainda contará com outros seis especialistas em tecnologia da informação e da sociedade civil.

Na sessão do tribunal em que anunciou a iniciativa, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse que no dia 4 de outubro haverá uma exposição didática e detalhada do atual sistema de votação com a presença dos partidos e dos ministros da corte.

"Aqui não se faz nada às escondidas. É tudo transparente e aberto pelo bem da democracia brasileira", destacou.

Barroso tem sido um dos alvos preferenciais dos ataques de Bolsonaro à cúpula do Judiciário.

Mesmo após a proposta de impressão do voto nas urnas eletrônicas ter sido derrotada pelo plenário da Câmara, o presidente segue defendendo a adoção da medida com declarações, sem apresentar provas, de que o atual modelo é passível de fraudes, além de ameaçar que poderia não aceitar o resultado resultados.

Pouco antes, em um duro discurso, o presidente do TSE disse que Bolsonaro descumpre a palavra dada ao manter o que chamou de "campanha insidiosa" contra o sistema eletrônico de votação após a derrota da proposta do voto impresso no Congresso.