Bolsonaro debocha da pandemia e vai para a galera tirar selfies
Fantasiado de Bozo, o palhaço do SBT, um manifestante segura cartaz em que se lê:
Fantasiado de Bozo, o palhaço do SBT, um manifestante segura cartaz em que se lê:
Ao mesmo tempo em que grupos bolsonaristas estão indo às ruas contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, as principais entidades da sociedade civil, que tiveram importante papel na redemocratização do país nos anos 1980, voltam a se unir novamente, pela primeira vez, para alertar a nação de...
Para driblar a proibição de manifestações de rua nestes tempos de pandemia de coronavírus, os movimentos de direita irão às ruas neste domingo, bem protegidos em seus carros.
Por uma dessas trágicas coincidências da vida, o ex-ministro Gustavo Bebianno morreu nesta madrugada, aos 56 anos, vítima de infarto fulminante, no mesmo dia em que são lembrados no Rio os dois anos do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Deve ter sido a primeira vez que um presidente da República ocupou uma rede nacional de rádio e TV para se dirigir apenas aos seus seguidores.
"O vírus FOME mata 8500 crianças por dia... e a vacina existe, chama-se COMIDA, mas isso não interessa nada..." (meme que circula na internet).
Parece que agora finalmente caiu a ficha. Não era uma "fantasia".
Eu queria mudar de assunto, mas é impossível separar as duas grandes ameaças que pairam sobre todos nós neste momento: o avanço do coronavírus e a irresponsabilidade do homem que governa o país, totalmente desconectado da realidade.
Em caso de dúvida, quando o céu da política fica nebuloso e proliferam as análises chutadas por "especialistas" de todo tipo, junto com as fake news das milícias virtuais, sempre é bom consultar quem entende do assunto para saber o que se passa.
Parece que bateu o desespero. Desde sábado, quando Bolsonaro fez um discurso numa base militar em Roraima, convocando novamente seus apoiadores a irem às ruas no dia 15, todos os recursos, legais ou não, estão sendo utilizados nas redes sociais para garantir o sucesso da manifestação.
Com o mundo de pernas para o ar na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro encontrou tempo para visitar o estúdio do pintor Romero Brito em Miami, falar para empresários americanos que a eleição presidencial foi fraudada e criticar o médico Drauzio Varella por ter abraçado em reportagem no...
Se ainda faltavam argumentos para os ministros militares que tentam convencer o presidente Jair Bolsonaro a desistir dos atos do dia 15 em defesa do governo, o derretimento do mercado financeiro nesta manhã de segunda-feira pode ser a gota d´água.
Posso imaginar o que sentiu minha colega Marina Dias, correspondente da Folha em Washington, ao ser barrada da cobertura do jantar de Trump com Bolsonaro em Miami, no sábado.
Começa amanhã, Dia Internacional da Mulher, a temporada de protestos a favor e contra o governo marcados para o mês de março.
Fiquei intrigado com essa notícia que li no online da Folha quinta-feira, em meio ao derretimento do mercado (ver comentário sobre isso no final do texto):
Ao meio dia desta quinta-feira, o dólar já tinha chegado a R$4,64, a 12ª alta consecutiva. Nas casas de câmbio, era vendido a R$ 5,05.
Chegava, enfim, o grande dia da estreia de Regina Duarte, a "namoradinha do Brasil", pronta para brilhar na cerimônia de posse promovida com toda pompa no Palácio do Planalto.
Se pelo menos lessem o que a gente escreve, a conversa seria outra, bem melhor.
"Vocês movimentaram toda uma comissão de poderes constituídos do estado cearense e do governo federal. Então, os senhores se agigantaram de uma forma que não tem tamanho, e é o tamanho do Brasil que vocês representam."
Pedir licença para entrar pela primeira vez numa casa ainda é um velho hábito cultivado no interior do Nordeste.