Andreza Matais

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Opinião

Não adiantou fixar a cadeira no chão; candidatos chegaram armados ao debate

Quem imaginou que a "cadeirada" colocaria um ponto final nas agressões entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo errou feio. O 'efeito Marçal' influenciou até os mais moderados, como o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que disputa a reeleição e foi apelidado por Pablo Marçal (PRTB) de "bananinha" devido ao estilo.

Os ataques rendem audiências nas redes sociais e colocam os candidatos em evidência na cobertura da imprensa. As pesquisas mostram as consequências disso. Grande parte do eleitorado diz que não irá votar por convicção, mas por falta de alternativa, o que só reforça a rejeição do eleitor à política.

O espírito do 'Xandão' também baixou nos candidatos. Todo mundo diz que vai prender todo mundo. E todo mundo também diz que "não vai deixar que o outro seja eleito", como se o resultado não dependesse do eleitor.

Entre uma cadeirada e outra, os candidatos colocam suas estratégias. Nunes citou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e repetiu suas entregas, como a tarifa zero aos domingos e a faixa azul para os motociclistas. Como prefeito, tem a vantagem de apresentar o que fez.

Guilherme Boulos (PSOL), por sua vez, tem a vantagem de ser oposição. Os dois buscam evitar perder a vaga no segundo turno para Marçal, embora ambos desejem enfrentar o marçalismo nessa rodada.

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