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Pedro Guimarães é reincidente: primeiro caso foi em 2019, no estacionamento
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"Presidente de banco público foi pego aos amassos com funcionária".
Este foi o título da coluna de Vicente Nunes no Correio Braziliense, no dia 19 de junho de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro.
Embora Nunes não cite na coluna o nome do banco e do presidente, todo mundo em Brasília ficou sabendo que se tratava de Pedro Guimarães, o festivo presidente da Caixa Econômica Federal, que costuma acompanhar o presidente Jair Bolsonaro em suas viagens pelo país e aparece sorridente a seu lado nos palanques ou na live das quintas-feiras, sempre com o jaleco e crachá da instituição.
Há exatos três anos, um vídeo da cena romântica dentro do carro no estacionamento do banco circulou entre os funcionários e foi aberto na época um processo administrativo, cujos resultados nunca ficamos sabendo.
O motorista que flagrou a investida de Guimarães foi sumariamente demitido, o que causou revolta entre os funcionários porque ele era muito querido no banco.
A corregedoria da Caixa abriu uma investigação para apurar se houve assédio moral contra o motorista, que também ficou mantido em sigilo.
Por isso, ninguém na sede do banco ficou surpreendido com as novas denúncias de assédio sexual agora apresentadas contra o garanhão da Caixa por várias funcionárias, em reportagem do portal Metrópoles, publicada nesta terça-feira.
"Conduta de Pedro Guimarães continua a causar vergonha na Caixa", informou o boletim do sindicato da categoria no final do ano passado, que descreve uma insólita festa de congraçamento promovida pelo presidente da instituição em Atibaia (SP), nos dias 14 e 15 de dezembro.
Durante as comemorações da festa chamada "Nação Caixa", Guimarães induziu gerentes e lideranças do banco a fazerem flexões abdominais e darem cambalhotas, comandados por um general, ritual do qual teve que participar até um vice-presidente, pessoa com deficiência física.
"O assédio moral sofrido pelos funcionários é sintomático de como Pedro Guimarães trata os trabalhadores e trabalhadoras da Caixa", disse na ocasião Fabiana Uehara, secretária cultural da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Esses são os valores das autodenominadas "pessoas de bem" deste governo, "conservador nos costumes e liberal na economia", que tanto defendem a família brasileira.
São repugnantes os relatos das funcionárias assediadas por Guimarães, na sede da empresa e durante as viagens a serviço, reproduzidas em matérias aqui no UOL, que demoraram tanto para vir a público.
E tudo começou no estacionamento...
Vida que segue.
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