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Lula e Bolsonaro esquecem eleitor indeciso e não debatem propostas
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O debate da TV Globo entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na noite desta sexta-feira (28), ficou marcado pela troca de acusações e pelo esquecimento dos eleitores indecisos. Faltou debater propostas dos dois lados e sobrou troca de farpas, o que pode agradar as respectivas 'bolhas', mas sem potencial de atrair votos.
Bolsonaro começou levando a questão econômica para o debate e mostrou desde o início que a sua estratégia era tentar irritar Lula ao chamar o petista reiterada vezes de "mentiroso". Lula, por sua, vez, começou com um tom mais irônico, tentou se desviar dos ataques e mostrou a intenção de "falar com o povo" e não com Bolsonaro.
Ao longo dos blocos, as trocas de acusações continuaram. E foram poucos os momentos que causaram "emoção". O debate foi sem novidades.
Lula tentou em alguns momentos dizer que queria debater propostas, mas na maior parte do tempo continuou na agenda de tentar desqualificar as acusações de Bolsonaro e atacar o adversário.
Bolsonaro usou três minutos no quarto bloco para listar algumas entregas de seu governo, amparado por papéis, mas também parecia preferir continuar nas trocas de acusações ao seu adversário.
Quando ambos tentaram apresentar suas ideias para governar o país a partir de 2023 não houve troca, a conversa não fluiu.
Nas considerações finais, Lula voltou a tentar falar com o eleitor, mas continuou a lembrar seus governos passados, com promessas de que "pode reconstruir o país".
Já Bolsonaro usou os seus minutos finais para repetir o episódio da facada e outras frases feitas que usou ao longo de sua campanha. Já se encaminhando para o fim, o presidente acabou cometendo um ato falho ao dizer que agradeceria a Deus por um "novo mandato de deputado federal".
QG de Bolsonaro reclama da Globo e canta vitória
Bolsonaro veio disposto a atacar a rede Globo, criticou o jornalista William Bonner e seus auxiliares no estúdio reclamaram nos bastidores que já não contavam com a concessão de nenhum direito de resposta da emissora. De fato, o presidente fez alguns pedidos, mas não teve o direito concedido.
Auxiliares de Bolsonaro também criticaram o fato de "até Bonner ter direito de resposta", em referência a fala do jornalista que no final do primeiro bloco rebateu uma fala de Bolsonaro.
Como é natural, ao auxiliares do presidente Bolsonaro disseram acreditar que ele foi melhor do que Lula na maior parte do tempo. Nas palavras de uma fonte da campanha "sempre pode ser melhor, mas sempre pode ser um desastre" e, em sua avaliação, Bolsonaro teria conseguido se sair bem: "bateu e usou melhor o tempo".
Assessores de Bolsonaro também tentaram ironizar a preparação do petista. Segundo um deles: "se Lula treinou mesmo algo deu errado".
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