Carla Araújo

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Reportagem

Bolsonaro não gravou (e talvez não gravará) vídeo para campanha de Nunes

Faltando dois dias para começar o horário gratuito de rádio e TV, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não gravou um vídeo para a campanha de Ricardo Nunes (MDB). E, segundo apurou a coluna, o ex-presidente tem preenchido a agenda dos próximos dias sem esse compromisso previsto.

Nos bastidores, Bolsonaro demonstra um certo descontentamento com os rumos da campanha do prefeito de São Paulo e, de forma reservada, já até admite que acredita numa vitória da Pablo Marçal (PRTB).

A avaliação de fontes próximas ao ex-presidente é que a campanha de Nunes demorou para usar o capital político de Bolsonaro e até chegou a desenhar uma estratégia de não colar demais no ex-presidente, para evitar algum tipo de rejeição de um eleitor de centro, por exemplo.

Já Marçal optou por demonstrar conceitos que o ligam à raiz bolsonarista desde o início e, como consequência, avaliam aliados do ex-presidente, acabou despontando como a "sensação da eleição" paulistana.

O ex-presidente tem dito que manterá o acordo com Nunes, que foi firmado graças ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mas também não se omitirá no segundo turno e, se preciso for, subirá no palanque de Marçal.

A ordem dada pelo ex-presidente a todos os aliados é que em São Paulo é preciso "derrotar o PT e a esquerda", ou seja, usar as forças possíveis no segundo turno para impedir uma vitória de Guilherme Boulos (PSOL).

Campanha para general Silva e Luna

Bolsonaro desembarca nesta quarta-feira (28) em Foz do Iguaçu (PR) para participar de atos de campanha do general Joaquim Silva e Luna (PL), que durante a gestão do ex-presidente comandou a Itaipu por dois anos e também presidiu a Petrobras de fevereiro de 2021 a março de 2022.

Na época, Bolsonaro demitiu o general do comando da Petrobras por conta de divergências na política de preços da estatal. O ex-presidente estava se preparando para a campanha à reeleição e alta do preço dos combustíveis era alvo de críticas.

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Apesar das rusgas, o ex-presidente tem dito que não tem ressentimentos com o general e estará em seu palanque.

À coluna, Silva e Luna afirmou que em sua campanha vai destacar o desempenho de sua gestão na Itaipu. "Investimos mais de R$ 2,6 bilhões na cidade e na região", disse. Para o general, o ex-presidente pode ajudar a angariar votos.

"Queremos fazer em Foz o que fizemos quando estivemos na Itaipu em dois anos. E o presidente Bolsonaro me trouxe para cá, governador Ratinho Júnior continua e esse trio soma esforços e gera um selo de garantia para a nossa cidade", afirmou.

Agenda no Sul até sábado

Depois de Foz, Bolsonaro continuará até sábado fazendo campanha no Sul do país, passando por cidades como Marechal Cândido Rondon, Umuarama, Maringá e Londrina.

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