Corpos em barco serão sepultados sem identificação; PF aciona Interpol
A PF (Polícia Federal) conta com o apoio da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e de entidades internacionais para tentar identificar os nove corpos de um barco à deriva que foi encontrado no litoral do Pará no último dia 13.
Doze dias após a embarcação ser achada, nenhuma vítima foi identificada. O barco trazia oito corpos, encontrados na região de Bragança, município litorâneo do Pará. Outro corpo estava próximo e também foi contabilizado como vítima.
Sem obter a identificação, os nove corpos do barco serão enterrados em uma cerimônia laica, que será promovida pelas instituições que participaram do resgate. A cerimônia ocorre a partir das 10h de amanhã, no cemitério São Jorge, em Belém.
Caso os corpos sejam identificados, eles podem ser exumados e sepultados em outro local, se houver interesse das famílias.
A maior esperança para identificar os corpos e a origem da embarcação está nos 27 celulares achados no barco. As autoridades aguardam o resultado da perícia nos objetos que está sendo realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
A PF acredita que 25 pessoas saíram da África, provavelmente em um barco de pesca da Mauritânia, e os migrantes morreram de sede e fome, após as correntezas terem jogado a embarcação em direção ao Brasil, e não às Ilhas Canárias, que seria o destino.
A quantidade de mortos foi apontada porque autoridades recolheram 25 capas de chuva do barco, o que levou à conclusão de que a embarcação saiu com essa quantidade de pessoas da África.
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