Rio Branco mais, Natal menos: veja ranking de vegetação urbana das capitais
As cidades brasileiras têm, na média, 11% de vegetação em suas áreas urbanas. Os dados fazem parte do levantamento "perfil das áreas urbanas no Brasil", da rede MapBiomas.
Proporcionalmente, Rio Branco é capital que tem mais área verde: 32,8%. Entretanto, ela vem perdendo tamanho ao longo dos últimos 20 anos. Em 2003, esse percentual era de 43,3%. Já Natal é capital como menor vegetação (veja ranking abaixo).
Em termos absolutos, a capital com maior vegetação urbana é o Rio de Janeiro, que tinha 12.961 hectares em 2023. Já Macapá, é a que tem menos: 1.063 hectares.
Das 27 capitais brasileiras, 19 ganharam percentual a mais de vegetação em suas áreas urbanas, enquanto as outras oito perderam.
Segundo Mayumi Hirye, coordenadora da equipe Urbano do MapBiomas, o mapeamento inclui as áreas de vegetação urbana nas cidades como parques, praças e áreas privadas com vegetação, além de fragmentos de vegetação que são as áreas que o crescimento das cidades incorpora.
Muitas vezes, essas áreas deixam de ser vegetação ao longo do tempo, ao lado de outras áreas verdes que são criadas. No balanço, observamos que as cidades crescem, mas que as áreas de vegetação urbana crescem mais. Isso é uma boa noticia, no sentido de que dentro da cidade existe um potencial de áreas de vegetação. Mas esse potencial tem que ser qualificado para que ele possa servir às cidades a vegetação tem que ter um manejo adequado, ser transformada em uma área verde de lazer, em unidades protegidas.
Mayumi Hirye
Veja o ranking de capitais com mais área verde, proporcionalmente, nas áreas urbanas ao seu território:
1. Rio Branco (AC)
- 2003 - 43,3%
- 2023 - 32,8% (3.709 hectares)
2. Salvador (BA)
- 2003 - 26.1%
- 2023 - 26,2% (5.502)
3. Vitória (ES)
- 2003 - 26,1%
- 2023 - 25,5% (1.262)
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Quero receber4. Florianópolis (SC)
- 2003 - 19,4%
- 2023 - 23,9% (2.442)
5. São Luís (MA)
- 2003 - 30,8%
- 2023 - 23,0% (4.260)
6. Brasília (DF)
- 2003 - 13,1%
- 2023 - 22,6% (16.796)
7. Manaus (AM)
- 2003 - 28,8%
- 2023 - 22,1% (6.263)
8. Rio de Janeiro (RJ)
- 2003 - 16,6%
- 2023 - 20,6% (12.961)
9. Porto Alegre (RS)
- 2003 - 16,2%
- 2023 - 20,3% (3.860)
10. Aracaju (SE)
- 2003 - 20,7%
- 2023 - 19,1% (1.821)
11. Porto Velho (RO)
- 2003 - 21,8%
- 2023 - 18,2% (2.750)
12. Curitiba (PR)
- 2003 - 14,6%
- 2023 - 18,2% (6.154)
13. Maceió (AL)
- 2003 - 14,1%
- 2023 - 17,3% (2.030)
14. Belém (PA)
- 2003 - 22,5%
- 2023 - 17,2% (2.586)
15. João Pessoa (PB)
- 2003 - 7,4%
- 2023 - 17,1% (2.005)
16. Cuiabá (MT)
- 2003 - 13,8%
- 2023 - 16,1% (2.968)
17. Fortaleza (CE)
- 2003 - 15,3%
- 2023 - 14,2% (3.805)
18. Campo Grande (MS)
- 2003 - 13,6%
- 2023 - 14,0% (3.482)
19. Belo Horizonte (MG)
- 2003 - 10,7%
- 2023 - 14,0% (4.086)
20. Boa Vista (RR)
- 2003 - 21,0%
- 2023 - 13,9% (1.745)
21. Palmas (TO)
- 2003 - 14,1%
- 2023 - 13,4% (1.688)
22. São Paulo (SP)
- 2003 - 7,4%
- 2023 - 13,1% (12.018)
23. Recife (PE)
- 2003 - 11.8%
- 2023 - 12,4% (1.612)
24. Goiânia (GO)
- 2003 - 8,9%
- 2023 - 12,2% (3.971)
25. Macapá (AP)
- 2003 - 14,9%
- 2023 - 11,9% (1.063)
26. Teresina (PI)
- 2003 - 7,5%
- 2023 - 11,0% (1.978)
27. Natal (RN)
- 2003 - 11,7%
- 2023 - 10,1% (1.069)
O levantamento do MapBiomas traz mapas anuais de cobertura e uso da terra e foi divulgado nesta sexta-feira (8). Ele é produzido em um trabalho colaborativo de mais de 100 pesquisadores de universidades, ONGs e empresas de tecnologia do Brasil.
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