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Aras anuncia sábado se Bolsonaro responderá a inquérito por CPI da Covid
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Depois de um mês examinando o relatório da CPI da Covid, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pretende anunciar no sábado (27) quais providências pretende tomar - ou não - em relação a autoridades investigadas pelos parlamentares. Caberá a ele decidir se pedirá abertura de inquérito no STF (Supremo Tribuna Federal) contra o presidente Jair Bolsonaro e outras pessoas com direito a foro privilegiado que tiveram o indiciamento recomendado pela CPI.
Se quiser manter a temperatura baixa, como tem feito recentemente em relação a Bolsonaro, Aras tem a opção de pedir para incluir as suspeitas contra o presidente em um inquérito que já está aberto no STF: o que investiga se houve prevaricação por parte do mandatário nas negociações de compra de vacinas contra a Covid-19. O inquérito foi aberto em julho e está sob a relatoria da ministra Rosa Weber.
O caso surgiu a partir da acusação do deputado Luís Claudio Miranda e do irmão dele, Luís Ricardo Miranda, em depoimentos à CPI. Na abertura do inquérito, Rosa Weber afirmou que seria investigado se Bolsonaro teve algum interesse com a decisão de compra das vacinas.
Aras recebeu o relatório final da CPI da Covid de um grupo de parlamentares no dia 27 de outubro. Ele pediu um mês para examinar o documento. Para isso, contou com a ajuda de um grupo de procuradores. As conclusões tiradas pela equipe até agora estão mantidas sob sigilo na PGR.
Além de Bolsonaro, outras autoridades mencionadas no relatório também têm o destino judicial nas mãos de Aras - como Marcelo Queiroga, ministro da Saúde; Wagner de Campos Rosário, ministro da CGU (Controladoria Geral da União); e Braga Netto, ministro da Defesa.
No caso de pessoas sem direito ao foro especial, promotores de Justiça e procuradores da República deverão conduzir investigações em instâncias inferiores do Judiciário. O material foi enviado aos Ministérios Públicos estaduais, que não se submetem à PGR.
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