Carolina Brígido

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Descoberta de plano para executar Lula deve adiar denúncia contra Bolsonaro

A descoberta de um plano para executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve adiar a conclusão da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que corre no STF (Supremo Tribunal Federal). Entre os alvos da apuração estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares de alta patente suspeitos de terem tramado para anular o resultado das eleições de 2022.

Na avaliação de integrantes do STF, com mais elementos trazidos à tona sobre o caso, o mais provável é que a investigação ganhe fôlego e seja prorrogada. Antes da nova revelação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tinha dito a interlocutores que pretendia apresentar denúncia ao STF contra autoridades suspeitas de terem planejado o golpe após as eleições municipais.

Com a inclusão das novas provas na investigação, o mais provável é que a denúncia contra Bolsonaro e militares apontados como participantes no crime fique para 2025. As atividades do STF se encerram no dia 20 de dezembro. O recesso das cortes superiores vai até o dia 2 de fevereiro.

Segundo apuração da Polícia Federal, além de Lula, também eram alvo do plano de execução o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Hoje (19), foram presos preventivamente quatro militares das Forças Especiais, os chamados "kids pretos". O caso foi incluído no bojo das investigações decorrentes do 8 de janeiro de 2023, que está sob a relatoria de Moraes.

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