Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Mesmo com PEC, Bolsonaro não nomearia mais ministros para STF
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Para a maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Jair Bolsonaro não poderá nomear mais ministros para a Corte até o fim de 2022. A bancada dele no tribunal ficaria mesmo restrita a dois integrantes: Kassio Nunes Marques e, se for aprovado em sabatina, André Mendonça.
Ontem, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que revoga a chamada PEC da Bengala, antecipando de 75 para 70 anos a idade de aposentadoria compulsória de integrantes de tribunais superiores e do TCU (Tribunal de Contas da União).
Em tese, se a proposta avançar no Congresso Nacional, abriria caminho para Bolsonaro indicar substitutos para Ricardo Lewadowski e Rosa Weber, que têm 73 anos. No entanto, a maioria do STF concorda que a PEC não teria validade retroativa — ou seja, só poderia encurtar o mandato de quem ainda não foi nomeado, e não de quem já ocupa o cargo.
Em caráter reservado, ministros explicaram para a coluna que é inconstitucional diminuir o mandato de ministros que já estão no cargo. Essa possibilidade violaria o princípio da separação de Poderes, porque significaria interferência do Legislativo no Judiciário.
Para integrantes do STF, a PEC é apenas uma forma de desgaste do Legislativo com o Judiciário, já que o efeito prático desejado pelo presidente Jair Bolsonaro não seria concretizado. Entre ministros da Corte, há dúvida de que a proposta será aprovada pelo Senado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.