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Carolina Brígido

REPORTAGEM

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Ministro da Defesa não deve falar com Alexandre de Moraes sobre relatório

Alexandre de Moraes, presidente do TSE, e Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa - Arquivo/Agência Brasil
Alexandre de Moraes, presidente do TSE, e Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa Imagem: Arquivo/Agência Brasil

Colunista do UOL

09/11/2022 15h24

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O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, não procurou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, para conversar sobre o relatório de fiscalização das eleições produzido pelas Forças Armadas. A expectativa no tribunal é que o documento seja protocolado formalmente, sem previsão de encontro entre as autoridades para tratar do assunto.

No TSE e no STF (Supremo Tribunal Federal), o clima é de apreensão em torno do relatório. Os ministros temem que o presidente Jair Bolsonaro use o documento das Forças Armadas para voltar a atacar o sistema eleitoral brasileiro e questionar a legitimidade do resultado da votação que culminou na derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo informou a colunista do UOL Thaís Oyama, o documento não deve apontar a ocorrência de fraude nas eleições, mas deve sugerir formas de aperfeiçoamento do sistema de votação.

As Forças Armadas foram incluídas entre as entidades fiscalizadoras da eleição no ano passado, por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que presidia o TSE. A intenção fazer com que os militares fossem aliados na defesa da legitimidade do sistema eleitoral.

No entanto, a atuação dos militares nas eleições acabou dando mais armas para o presidente Jair Bolsonaro atacar as urnas eletrônicas.