PSOL vai a MPF contra associação de tiro que agiria como "milícia política"
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Dez deputados federais do PSOL entraram com representação no Ministério Público Federal de São Paulo contra a Associação Nacional de Armas - CAC BRASIL para que sejam investigados os crimes de organização paramilitar e organização criminosa. Em resposta ao artigo do advogado Almir Felitte, em que ele criticava a política de liberalização na venda e uso de armas e munições pelo presidente Jair Bolsonaro, a entidade publicou em sua página no Facebook a seguinte mensagem: "Nós seremos a força de reação que irá proteger o país, apoiar o presidente e defender o Brasil das garras vermelhas, junto com as Forças Armadas".
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), um dos signatários da representação, critica o grupo. "É inconcebível que Bolsonaro utilize a caneta de presidente da República para ampliar o poder armado de quem seria colecionador mas faz declaração pública de milícia política", diz. A representação foi apresentada na quinta-feira passada e divulgada hoje.
O artigo do advogado foi publicado no dia 28 de maio no site Outras Palavras e não citou em nenhum trecho a associação CAC Brasil ou qualquer outro grupo de CACs (abreviatura para colecionadores, atiradores e caçadores).
Felitte foi entrevistado pela coluna há dez dias e apontou a possibilidade de a família Bolsonaro estar tentando trazer o modelo de milícias privadas dos Estados Unidos para o Brasil. "Diferente das milícias cariocas, é um modelo mais politizado", disse o advogado.
Em um dos textos, a CAC Brasil se define como um grupo de "cidadãos de bem" que estão "cansados de ver a roubalheira suja da esquerda e sua ação tendenciosa de desarmar a população para tomar o país".
Para Glauber Braga, ninguém no Congresso tem dúvida de que Bolsonaro tenta estruturar milícias políticas de extrema-direita. "Talvez as pessoas apenas tenham dúvidas do que ele já conseguiu atingir nesse objetivo através de seus decretos e ações na Presidência da República", afirma o deputado psolista.
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