Em 24h, Malafaia vai da neutralidade à rejeição ao nome de Kássio Nunes
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Quem conversou na noite de ontem com o pastor Silas Malafaia sobre a indicação do desembargador Kássio Nunes ao Supremo Tribunal Federal se surpreendeu com a serenidade do religioso. Afinal, Jair Bolsonaro não tinha escolhido o nome "terrivelmente evangélico" para a vaga de Celso de Mello, como prometera.
Malafaia explicou que o próprio presidente avisou 15 dias antes que o indicado evangélico vai suceder Marco Aurélio Mello, que se aposenta no ano que vem. Sobre Kássio Nunes, o pastor tinha pouco a dizer: "Não posso fazer juízo de valor, porque não o conheço".
Menos de 24h depois, a postura de Malafaia sobre Nunes mudou radicalmente. Primeiro soltou um tuíte reclamando que o escolhido de Bolsonaro não é direitista. Há pouco, postou um vídeo com críticas mais duras.
"Um absurdo vergonhoso a primeira indicação do presidente Bolsonaro para ministro do STF", diz ele. "Como é que o sr. vai indicar um cara para o STF nomeado pro Dilma, amigo da petralhada, com posições socialistas, que segundo estou recebendo aqui tem mais de 30 representações contra ele no CNJ?".
Exaltado, como de costume, Malafaia continua: "Presidente, isso é uma vergonha! Teria que ser como Donald Trump. Não precisa ser evangélico, mas um terrivelmente da direita (sic). É uma decepção geral"
O pastor diz que, com essa escolha, Bolsonaro atende ao Centrão, ao PT, à esquerda, ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), aos corruptos e a quem é contra a Lava Jato.
O que fez Malafaia ir da neutralidade à rejeição do nome indicado pelo presidente? "Ontem eu não conhecia nada sobre ele. Depois que comecei a ver as informações de quem é o cara, de onde ele vem, de quem indicou, fiz meu juízo de valor", explicou ele à coluna. "Sou aliado de Bolsonaro, mas não sou alienado".
Na prática, Malafaia vocaliza o desagrado de um importante grupo de apoio do presidente, o dos evangélicos, que se soma aos bolsonaristas das redes sociais na rejeição ao nome de Kássio Nunes.
Foi o crescimento do movimento de críticos do escolhido por Bolsonaro para o STF que levou pessoas próximas ao presidente a aconselhá-lo a oficializar imediatamente o nome de Nunes para a vaga de Celso de Mello. Temiam que o desgaste levasse o presidente a voltar atrás.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.