Líder do governo admite analisar viabilidade de nova CPMF após as eleições
O ministro da Economia, Paulo Guedes, não está sozinho na insistência em trazer de volta a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), admitiu à coluna que o assunto voltará a ser tratado pelo governo em breve.
"Após as eleições vamos avaliar se uma proposta nesse sentido será apresentada ao Congresso", disse Barros.
Segundo o deputado, uma nova modalidade do imposto será discutida pelas lideranças do governo no Congresso, a equipe do Ministério da Economia e o presidente Jair Bolsonaro para que decidam sobre sua viabilidade.
Caso o governo realmente resolva levar à frente a ideia, já se sabe que a discussão em torno do tema será acirrada. Por várias vezes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a proposta de criar uma nova CPMF.
Há um mês, em um evento da XP Investimentos, Maia disse que deu a palavra ao governo de que encaminharia a pauta, apesar de ser contrário a essa forma de tributação.
Na quinta-feira, em teleconferência organizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o ministro Paulo Guedes voltou a defender o tributo. Negou que a criação de uma "CPMF digital" representaria aumento de impostos. Ele falou em "substituição".
"Esse é o nosso compromisso de não aumentar imposto. Vamos fazer substituição. Queremos desonerar a folha, que é o pior dos impostos", disse Guedes.
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