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Generais da reserva discordam de decisão do Exército de não punir Pazuello
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A decisão do comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira de não punir o general Eduardo Pazuello por participar de ato político em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, no dia 23 de maio, foi criticada por dois oficiais de alto escalão ouvidos pela coluna. O general Paulo Chagas disse que lamenta a decisão porque "de qualquer forma, abre um precedente". Já Sérgio Etchegoyen classificou a decisão do comandante do Exército como "indefensável".
O deputado General Peternelli (PSL-SP) preferiu não comentar. "Está dentro do que compete ao comandante do Exército chamar o subordinado, ouvir e decidir", diz ele. "Como não conheço o teor da conversa, qualquer avaliação que eu fizesse não seria adequada."
Para o general Paulo Chagas, mesmo que o comandante tivesse dúvida quanto à essência ou não de uma transgressão, deveria levar em conta a interpretação que outros poderiam dar dentro da Força e o precedente que isso pode abrir. "É o perigo de que outros queiram seguir esse caminho, achando que já que um general pode, todos vão poder", avalia Chagas.
Mesmo que o comandante tivesse dúvida se estava sendo justo ou não, o Exército é mais importante do que qualquer outra coisa, acredita o general da reserva. "Para preservar a instituição, nem que fosse uma advertência. Mas simplesmente não punir é grave como precedente e pode haver a partir daí outras repercussões, aí sim, gravíssimas", alerta.
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