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Chico Alves

REPORTAGEM

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Por voto impresso, bolsonaristas batem recorde de uso de robôs no Twitter

ES - VOTO/IMPRESSO - POLÍTICA - Manifestação pelo voto impresso no Espírito Santo neste domingo (1). - VINICIUS MORAES/ESTADÃO CONTEÚDO
ES - VOTO/IMPRESSO - POLÍTICA - Manifestação pelo voto impresso no Espírito Santo neste domingo (1). Imagem: VINICIUS MORAES/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

02/08/2021 10h18Atualizada em 04/08/2021 13h36

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A ofensiva de ontem dos bolsonaristas pelo voto impresso não teve somente manifestações em algumas cidades brasileiras e pronunciamento golpista do presidente Jair Bolsonaro. Contou também com o reforço de contas inautênticas, os chamados robôs, que fizeram postagens referentes ao tema no Twitter em quantidade fora do normal. A hashtag "brasilpelovotoauditavel" foi usada 2.444 vezes, segundo a plataforma Bot Sentinel. É o recorde do ano.

Ao todo, hashtags de grupos bolsonaristas utilizaram esse recurso 3.207 vezes no domingo, 1. Lemas como "hojevaisergigante", "votoimpressoauditavelja", "bolsonaropresidenteate2026" e outros serviram para fazer o assunto chegar ao topo do ranking de temas mais comentados no Twitter.

A Bot Sentinel é uma plataforma criada nos Estados Unidos para identificar postagens no Twitter de contas inautênticas e conteúdos tóxicos. Esses perfis podem ser de contas automatizadas ou de humanos que administram dezenas de contas ao mesmo tempo, para dar a impressão de que formam um grupo maior do que realmente são.

O Twitter enviou à coluna a seguinte nota sobre o assunto naquarta-feira, 4: "Após tomar conhecimento da publicação da coluna, o Twitter solicitou os dados do levantamento (como as @s dos perfis considerados robôs), mas não os obteve. O envio das informações possibilitaria a condução de uma investigação interna e, se fosse o caso, a tomada de medidas cabíveis nas contas que eventualmente estivessem em violação de suas regras de automação e spam. Como não teve acesso aos dados, o Twitter não pode comentá-lo de forma específica, mas esclarece que aplicativos de terceiros que utilizam a nossa API pública para tentar adivinhar se contas utilizam automação indevidamente para interferir no debate têm se mostrado metodologicamente falhos porque só acessam sinais externos das contas, informações muito limitadas em relação àquelas de que o Twitter dispõe para determinar se uma conta é ou não uma automação indevida. Tais ferramentas, por sua limitação metodológica, podem levar a falsos-positivos".