Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
PDT, PSB, DEM e PSDB não vão punir deputados que apoiaram voto impresso
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Pelo menos quatro partidos de oposição não vão aplicar punição aos deputados que na terça-feira, 10, votaram a favor da PEC do voto impresso, indo na contramão da orientação de suas legendas. O posicionamento de alguns desses parlamentares do PDT, PSB, DEM e PSDB causou surpresa, mas não terá consequências. A proposta teve 229 votos contra 218, mas não foi à frente porque, por ser uma Emenda Constitucional, só continuaria a tramitar se obtivesse 308 votos.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que não pensa em punir os seis deputados que se colocaram a favor do voto impresso, apesar de terem ido contra a orientação da direção partidária, que era não apoiar a tese de Bolsonaro. "Tivemos 19 votos de acordo com nosso indicativo. Para um partido que historicamente sempre foi favorável ao voto auditável, isso pode ser considerado uma vitória", afirmou Lupi à coluna.
No PSB, 11 dos 31 deputados votaram a favor da PEC. Os dirigentes da legenda não cogitam qualquer punição, já que alguns argumentam que o partido não fechou questão sobre o tema, apenas teve uma orientação de liderança para derrotar o voto impresso. Além do mais, quatro desses que se colocaram contra o indicativo do PSB estão de saída.
Um deles é o deputado Jefferson Campos (PSB-SP). "Qualquer dispositivo que garanta maior transparência sempre vem em favor da população", justifica Campos. "A 'politização' de assuntos importantes para o brasileiro só atrasa pautas importantes para retomada do País".
O deputado diz que respeita a opinião do partido, mas ressalta que representa 99.974 eleitores que a ele confiaram o voto. Campos tem uma ação na Justiça para sair do PSB sem perder o mandato.
No PSDB, em que 14 dos 32 deputados apoiaram o voto impresso, não há consenso suficiente para punir os infiéis, apesar da posição enfática do presidente do diretório paulistano a favor de que haja sanção. O caso tucano é grave, já que o partido fechou questão sobre o tema e o descumprimento dessa orientação poderia levar à perda de mandato.
O que se discute é um paliativo, no máximo excluir os 14 parlamentares da concessão de um "bônus" do fundo eleitoral, como antecipou o jornalista Pedro Venceslau, do Estado de S. Paulo, mas nem isso é certo. A coluna procurou o presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, mas não obteve resposta.
O maior percentual de infiéis está no DEM, onde 13 de 27 deputados se colocaram a favor da PEC do voto impresso. Não há na legenda nenhuma movimentação para punir esses parlamentares. Presidente nacional do DEM, ACM Neto tem repetido que é preciso respeitar os deputados que votaram a favor da PEC., mesmo que tenham ido contra a orientação dos dirigentes. Para ele, o assunto está superado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.