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Depoente de hoje na CPI é 'agenciador de mulheres', diz Randolfe Rodrigues
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O depoimento de Marconny Albernaz de Faria, apontado como lobista, marcado para hoje na CPI da Covid, não deverá girar apenas em torno de sua atuação como intermediário da Precisa Medicamentos, que fechou contrato com o Ministério da Saúde de mais de R$ 1 bilhão para venda da vacina Covaxin, considerado irregular. Os diálogos em aplicativos de mensagens em poder da comissão revelam outra faceta de Marconny. "Entre outras coisas, ele é uma espécie de Tinder, um agenciador de mulheres", revelou à coluna o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.
Segundo o senador, durante toda a pandemia o lobista promoveu festas em casa, muitas delas com a participação de Jair Renan, filho do presidente da República. "As festanças que ele faz têm obrigatoriamente os seguintes requisitos: bom som, boa comida, políticos influentes e muitas mulheres bonitas", explica Randolfe.
Pelo que consta das mensagens analisadas por integrantes da comissão, Marconny procura essas mulheres onde quer que elas estejam, para ajudar em seus objetivos de lobby. "Quando ele sabe, por exemplo, de uma moça bonita em Manaus, manda uma bolsa Louis Vuitton para ela lá no Amazonas, traz ela para cá (Brasília) e 'entrosa' ela", explica Randolfe.
Em algumas conversas, o lobista fala de valores oferecidos às mulheres. O vice-presidente da CPI explica que as provas estão no WhatsApp de Marconny, um arquivo de 320 mil páginas.
Além da presença nas festas, o relacionamento entre Jair Renan e Marconny também se estende aos negócios. Documentos conseguidos pela CPI indicam que o filho do presidente contou com a ajuda do lobista para abrir uma empresa de eventos.
Randolfe diz que ele é uma espécie de tutor empresarial de Jair Renan. "Não se recomendaria deixar qualquer adolescente aos cuidados de uma pessoa dessas, ainda mais se esse adolescente é o filho do presidente da República", critica.
O senador diz que essa situação é a síntese da letra da música "O tempo não para", de Cazuza: "Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro e transformam o país inteiro num puteiro", recorda.
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