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Réveillon pela metade, a sugestão temerária de Paes e Castro para o Rio
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No vai e vem das decisões sobre a festa de Ano Novo no Rio, a celebração na Praia de Copacabana já foi confirmada, depois cancelada e agora está prestes a ganhar um formato intermediário. O prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), e o governador fluminense, Claudio Castro (PL), concordam com essa opção. Os comitês científicos municipal e estadual darão a palavra decisiva.
A ideia é manter a monumental queima de fogos, alguns alto-falantes com trilha sonora festiva e proibição de estacionamento na orla. O governador argumenta que esse tipo de celebração aconteceu no ano passado e tudo correu em segurança, sem aglomeração.
A grande diferença é que no último réveillon ainda estavam em vigor regras rigorosas de distanciamento social contra o coronavírus e a cidade praticamente não recebeu turistas. Dessa vez, a expectativa da rede hoteleira é de ter 100% da ocupação.
Como o presidente Jair Bolsonaro reluta em adotar a principal medida sugerida pela Anvisa para controlar a entrada no país da variante ômicrom, exigência do passaporte vacinal, o Rio de Janeiro corre o risco de se tornar o principal destino para os antivax do mundo todo nessa virada de ano.
O dilema não tem solução simples, já que a indústria do turismo, uma das principais atividades da economia fluminense, tinha esperança de conseguir nesse fim de 2021 faturar algum dinheiro para amenizar o impacto negativo de quase dois anos de pandemia.
No entanto, a possibilidade de que multidões de turistas estrangeiros dividam com os brasileiros os vírus que se recusaram a combater tomando vacinas em seus países é um risco muito grave.
De positivo, o fato de que Paes e Castro vão apoiar sua decisão em quem entende do riscado: os cientistas.
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