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Dirigentes respondem: Por que PT e PDT não votaram contra PEC dos R$ 41 bi?
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Os partidos de oposição passaram os últimos dias fazendo duras críticas à PEC16, elaborada pelo governo, que dribla a lei eleitoral para permitir ao governo gastar R$ 41 bilhões em benefícios sociais em pleno ano da eleição. Na votação feita no Senado ontem, porém, nenhum representante da esquerda se posicionou contra a proposta, que acabou aprovada por 67 a 1 - o único voto contrário foi do senador José Serra (PSDB-SP).
Nas redes sociais e em rodas de discussão política, muita gente se pergunta: se a esquerda era contra, por que votou a favor?
"Criticamos a PEC porque ela é de emergência eleitoral, isso sim. Se tivessem preocupação com o povo, já teriam tomado medidas antes", explica a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann. "Mas é difícil votar contra os benefícios quando o povo está sofrendo."
Gleisi diz continuar a considerar "um horror" a proposta, mas que diante da crise qualquer coisa ajuda. "Para quem está sem dinheiro, R$ 200 a mais de auxílio já é alguma coisa, mas do ponto de vista estrutural não resolve, não é sustentável", diz a deputada.
Também o presidente do PDT, Carlos Lupi, critica o fato de a medida ter sido adotada a poucos meses da eleição. "É uma questão de oportunismo eleitoral. Por que só agora?", questiona.
Para Lupi, não havia como votar contra a PEC. "Não votamos contra porque a proposta atende aos mais necessitados. Nossa oposição é a Bolsonaro, não aos pobres", diz ele.
A PEC agora volta para a Câmara dos Deputados, onde deverá ser aprovada sem problemas, já que o governo tem ampla maioria na Casa.
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