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Tacla Duran reclama de intimidação e pede remarcação da audiência no Brasil
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O advogado Rodrigo Tacla Duran, que viria da Espanha ao Brasil para participar como testemunha de audiência com o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), que trata dos casos relativos à Operação Lava Jato, pediu que seja marcada nova data. Ele alega que se sente intimidado especialmente pelo pedido do advogado Carlos Zucolotto Júnior de também participar da audiência presencial.
Tacla Duran trabalhou como advogado da Odebrecht e foi preso preventivamente pela Lava Jato, em 2016. Ele contou que seis meses antes tinha sido procurado por Zucolotto, que era sócio de Rosângela Moro, mulher de Sergio Moro.
Zucolotto teria oferecido acordo de colaboração premiada, com a concordância de "DD" (iniciais que remetem a Deltan Dallagnol, na época chefe da força-tarefa do Ministério Público). Tacla Duran troca, teria que pagar US$ 5 milhões "por fora".
Ele conta que pagou US$ 613 mil como primeira parcela "em troca" da delação premiada, mas depois não pagou o restante. Teve a prisão preventiva decretada por Sergio Moro e acabou fugindo para a Espanha.
A denúncia só foi feita formalmente na audiência do dia 27 de março, em que Tacla Duran detalhou a história ao juiz Eduardo Appio. Por envolver dois personagens que hoje são parlamentares - o senador Moro e o deputado Dallagnol —, o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal.
Um novo testemunho de Tacla Duran estava marcado para hoje e depois foi remarcado para terça-feira (18), mas uma ordem de prisão preventiva contra ele, revalidada pelo juiz Marcelo Malucelli, já havia tornado incerta sua volta ao Brasil.
Com o pedido de Zucolotto para participar da audiência, Tacla Duran pede que seja marcada nova data e que seu depoimento transcorra em sigilo.
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