Brasil ignora chamado ao diálogo e usa reunião na OMS para boicotar Maduro
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O Itamaraty promoveu um boicote contra a Venezuela em plena reunião semanal da OMS (Organização Mundial da Saúde) com governos para lidar com a pandemia do coronavírus. Na agência, um dos apelos é para que governos e líderes políticos deixem disputas ideológicas de lado e se concentrem na luta contra o vírus.
Nesta quinta-feira, a organização convocou governos para que se reunissem com o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, e sua equipe. A meta era a de ouvir as últimas informações sobre a doença, as tendências da pandemia e dar espaço para que governos fizessem apresentações das situações em seus respectivos territórios.
O Brasil é considerado por institutos estrangeiros como um dos novos epicentros da doença. O país soma o terceiro maior número de casos nos últimos 14 dias no mundo, lidera no hemisfério sul e ainda começa a ter um dos números mais elevados de mortes a cada dia.
Durante o encontro virtual, o Brasil esteve presente. Mas a decisão do Itamaraty foi a de promover um boicote e abandonar o evento quando o governo de Nicolas Maduro tomou a palavra, se desconectando da reunião online enquanto Caracas falava.
Os atos de repúdio do governo brasileiro contra Maduro já se transformaram em uma cena constante em todas as reuniões internacionais. Sem reconhecer o governo do líder bolivariano, o Itamaraty instrui seus postos pelo mundo a deixar as salas quando a delegação de Caracas toma a palavra. Agora, o boicote ocorre também de forma virtual.
No Brasil, o governo também ordenou a expulsão dos diplomatas de Maduro de Brasília, mesmo em meio à pandemia, criando um embate jurídico.
Governo Maduro representa Venezuela na ONU, mas sob críticas
Nas entidades internacionais, é o governo de Maduro quem representa a Venezuela. Não se trata de uma decisão autônoma da ONU reconhecer ou não um governo. Mas depende de um consenso internacional.
No caso venezuelano, dezenas de governos continuam a apoiar Maduro ou reconhecer seu papel como representante do país. Tais apoios incluem os da China e Rússia, dois membros do Conselho de Segurança da ONU.
A mesma ONU, porém, tem denunciado graves violações de direitos humanos por parte de Maduro, inclusive com a organização de uma "máquina de repressão".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.