OMS recomenda corticoides para tratar pacientes graves da covid-19
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Janet Diaz, pesquisadora da OMS (Organização Mundial da Saúde), anunciou nesta quarta-feira que a agência está recomendando fortemente o grupo de corticoides para tratar pacientes da covid-19 com efeitos graves. A evidência das pesquisas é de que os produtos poderiam diminuir o risco de morte.
Entre os produtos testados estão doses reduzidas de hidrocortisona, dexametasona e metilprednisolona, que aumentaram a possibilidade de sobrevivência de pacientes em UTI.
Os testes foram feitos no Brasil, Reino Unido, Canadá, Espanha, França, China e Estados Unidos. A constatação é de que os remédios são benéficos para os pacientes mais doentes, independentemente da faixa etária e sexo. De acordo com os estudos realizados nesses diferentes países, ficou constatado que, para cada mil pacientes graves, 87 vidas extras eram salvas graças ao tratamento.
Diante dos resultados, a OMS fala em "forte recomendação". Para cada cem pacientes mais graves, nove vidas são salvas.
A grande vantagem, segundo a pesquisadora, é que os esteroides são uma medicação barata e amplamente disponível.
A OMS, porém, alertou que as pesquisas também indicaram que pessoas sem sintomas graves não devem tomar os remédios, inclusive diante da possibilidade de que efeitos colaterais negativos possam ocorrer.
A agência deixa claro que o anúncio não significa que as pessoas devem simplesmente sair em busca do remédio e estocar. "Não é para sair comprando. A recomendação é para profissionais de saúde e autoridades", disse Diaz.
"Recomendamos corticoides sistêmicos para o tratamento de pacientes com COVID-19 grave e crítico. Sugerimos não usar corticosteróides no tratamento de pacientes com COVID-19 não séria como tratamento", disse a OMS, num comunicado. "Os corticosteróides sistêmicos podem aumentar o risco de morte quando administrados a pacientes com COVID-19 não séria", alertou.
Ainda assim, temendo uma possível falta do remédio no mercado diante do anúncio, a OMS se apressou e fez uma ampla compra de remédios para criar um estoque e eventualmente distribuir para países, caso seja necessário.
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