CoronaVac será submetida à OMS para ser liberada para uso global
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Os chineses da Sinovac devem submeter o dossiê completo para a aprovação da CoronaVac, sua vacina contra a covid-19, à OMS (Organização Mundial da Saúde) na próxima semana, segundo apurou a coluna. A iniciativa deve colocar pressão sobre a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que também já recebeu o dossiê sobre o imunizante.
Até agora, a OMS aprovou apenas o uso emergencial da vacina da Pfizer/BioNTech. Mas a expectativa é de que, ao longo dos próximos meses, um total de treze imunizantes sejam considerados aptos pela agência.
A rigor, uma chancela da agência internacional não significa qualquer tipo de obrigação legal para a Anvisa, mas negociadores consultados pelo UOL confirmaram que a submissão dos documentos à OMS criará uma pressão extra sobre as demais agências reguladoras no mundo.
Na prática, uma autorização da OMS para o uso da CoronaVac significa que alianças de vacinas como a Covax ou qualquer outro mecanismo de apoio aos países mais pobres poderiam comprar e distribuir o imunizante chinês. A chancela, portanto, é considerada como um reconhecimento internacional importante para o abastecimento mundial de vacinas.
Documentos obtidos pela reportagem revelam que a previsão inicial da OMS era de que uma chancela oficial para a vacina fosse concedida em março. A diretoria envolvida no processo acredita que, se o dossiê desembarcar com dados claros e com informações completas, o processo de aprovação pode ser acelerado.
Ainda para fevereiro, a agência espera anunciar a aprovação da vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford. Em Genebra (Suíça), técnicos envolvidos no processamento dos documentos e provas científicas insistem que não há qualquer diferença de critérios para avaliação dos produtos e que todos têm sido alvo das mesmas exigências científicas.
Além de ingleses e chineses, o processo também está encaminhado para avaliação da vacina da J&J, Gamaleya (Rússia), Moderna e Serum Institute of India.
Nesta semana, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, criticou as empresas pela demora em submeter suas documentações para a aprovação da agência, alertando que isso estava atrasando a possibilidade de que a vacina chegue também para os países mais pobres do mundo. Hoje, 50% dos países ricos já iniciaram campanhas de imunização. Todos os 92 países mais pobres ainda aguardam para saber quando poderiam sonhar com a possibilidade de uma vacina.
Antes do Brasil, a vacina chinesa deve começar a ser usada na Indonésia, que comprou inicialmente 3 milhões de doses. Um carregamento já desembarcou em Jacarta e foi transferido para todas as 34 províncias do maior país do Sudeste Asiático.
O plano é de que as doses comecem a ser administradas na próxima semana, com o próprio presidente Joko Widodo recebendo a primeira dose. Sendo o maior país muçulmano do mundo, a Indonésia ainda garante que a vacina não viola os princípios da religião.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.