'Guterres não merece ser chefe da ONU', afirma chanceler de Israel
Eli Cohen, chanceler de Israel, usou uma coletiva de imprensa na sede da ONU em Genebra, nesta terça-feira, para criticar o secretário-geral da entidade, António Guterres. A ONU tem denunciado a ofensiva israelense e alertado que os ataques do Hamas não ocorreram num vácuo. A entidade também tem criticado os ataques contra hospitais.
Cohen, porém, tem outra avaliação. "Por qual motivo um hospital tem túneis 20 metros abaixo do chão? São bases do terrorismo. O Hamas usa hospitais e pessoas como escudos", insistiu o ministro, que garante que seu país atua "dentro do direito internacional".
"Vamos continuar guerra até eliminar Hamas e retirar reféns", prometeu. Segundo ele, até agora o Comitê Internacional da Cruz Vermelha não obteve acesso aos israelenses levados pelo Hamas.
"Aquele foi o pior dia do povo israelense desde o Holocausto. Estamos lutando pelo estado de Israel. Mas também por dignidade. Se não vencermos, vocês serão os próximos", disse a jornalistas ocidentais.
Israel e Guterres têm mantido uma relação repleta de polêmicas. Há duas semanas, o mesmo ministro pediu a renúncia do português, o que levou governos como o do Brasil e de várias outras partes do mundo a sair em defesa do secretário-geral.
Cohen, porém, insiste nos ataques contra o português. "Guterres não merece ser chefe da ONU. Guterres não promove processo de paz na região", insistiu. Para ele, o chefe das Nações Unidas está "sentado ao lado do Irã". "Os iranianos fazem parte da ONU e pedem a destruição de outro de seus membros. O Irã não poderia fazer parte. É antissemitismo. É contra o estado de Israel", declarou.
Cohen alertou que Guterres "sabe" que Israel não escolheu essa guerra. "Ele deve dizer claramente: liberte Gaza do Hamas. Por qual motivo ele não diz?", insistiu.
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