Jamil Chade

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Cai investimento no Brasil, mas país é 3º maior destino de recursos no G20

Dados divulgados pela ONU nesta quarta-feira apontam que o Brasil foi o terceiro principal destino de investimentos estrangeiros direitos em 2023, entre todas as economias do G20. Apesar de superar países como França e Alemanha, o levantamento indica que o Brasil registrou uma queda de fluxo entre 2022 e 2023.

De acordo com a ONU, o Brasil recebeu um total de US$ 67,9 bilhões no ano passado. O valor é 22% inferior ao volume de 2022. O número de novos projetos se manteve estável. Mas o total de iniciativas de financiamento internacional recuou em 40%.

A estimativa tem como base os dados do fluxo de investimentos até o final do terceiro trimestre de 2023.

Apenas EUA e China superaram os volumes brasileiros, se o cálculo considerar economias nacionais. Como um bloco, a União Europeia recebeu US$ 141 bilhões em investimentos. Nos EUA, a queda foi de 3%, contra 6% de retração na China.

No ranking mundial, incluindo apenas as economias do G20, as estimativas da ONU apontam para o seguinte cenário:

  1. EUA - US$ 334 bi
  2. China - US$ 177,7 bi
  3. Brasil - US$ 67,9 bi
  4. Canadá - US$ 55,9 bi
  5. México - US$ 43,9
  6. Índia - US$ 26,3 bi
  7. Japão - US$ 25 bi
  8. Alemanha - US$ 24,8 bi
  9. Indonésia - US$ 21,8
  10. Argentina - US$ 20,2 bi
  11. França - US$ 19,6 bi
  12. Austrália - US$ 19 bi
  13. Itália - US$ 15,2 bi
  14. Coreia do Sul - US$ 14,1
  15. Rússia - US$ 8,6 bi
  16. Arábia Saudita - US$ 7,9 bi
  17. Turquia - US$ 7,8 bi
  18. África do Sul - US$ 5,7

Os dados, segundo o informe da Conferência da ONU para Investimentos e Comércio, revelam ainda um aumento tímido do fluxo em 2023. As estimativas apontam que os investimentos estrangeiros direto (IED) ficaram em US$ 1,37 trilhão, apresentaram um aumento marginal (+3%) em relação a 2022.

O resultado, segundo a ONU, foi melhor que o esperado.

Os temores de recessão no início do ano diminuíram e os mercados financeiros tiveram um bom desempenho.
Trecho de informe da ONU

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"No entanto, a incerteza econômica e as taxas de juros mais altas afetaram o investimento global. O aumento deveu-se, em grande parte, a valores mais altos em algumas economias europeias. Excluindo esses mercados, os fluxos globais de IED foram 18% menores", apontou.

Nos países desenvolvidos, o IED na União Europeia foi de US$ 150 bilhões negativos em 2022 para US$ 141 bilhões positivos, devido a grandes oscilações em Luxemburgo e na Holanda.

Excluindo esses dois países, os influxos para o restante da UE caíram 23%, com quedas em vários grandes receptores. Os fluxos de entrada em outros países desenvolvidos também estagnaram, com crescimento zero na América do Norte e quedas em outros lugares.

Os fluxos de IED para países em desenvolvimento caíram 9%, para US$ 841 bilhões, com fluxos em declínio ou estagnados na maioria das regiões.

O IED diminuiu 12% na Ásia e 1% na África. Na América Latina e no Caribe, o fluxo ficou estável, já que a América Central contrariou a tendência.

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