Jamil Chade

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Após recorde de 2023, planeta tem início do ano mais quente já registrado


Depois de registrar o ano mais quente da história, em 2023, e os nove anos mais quentes desde que existem os registros, o mundo agora vive o começo de ano com novos recordes. Dados divulgados pelo Serviço de Mudanças Climáticas da União Europeia (Copernicus) apontam que janeiro de 2024 foi o mês de janeiro mais quente desde que os europeus iniciaram a coleta de dados, em 1950.

O mês superou o que era o janeiro mais quente, em 2020. O que assusta os especialistas é o fato de que, desde junho de 2023, todos os meses bateram recorde.

Estas são algumas das conclusões do levantamento:

Janeiro de 2024 foi o janeiro mais quente já registrado globalmente, com uma temperatura média do ar na superfície de 13,14°C, 0,70°C acima da média de 1991-2020 para janeiro e 0,12°C acima da temperatura do janeiro mais quente anterior, em 2020.

Esse é o oitavo mês consecutivo que é o mais quente já registrado para o respectivo mês do ano.

A anomalia da temperatura global para janeiro de 2024 foi menor do que a dos últimos seis meses de 2023, mas maior do que qualquer outra antes de julho de 2023.

O mês foi 1,66°C mais quente do que uma estimativa da média de janeiro de 1850-1900, o período de referência pré-industrial designado.

A temperatura média global dos últimos doze meses (fevereiro de 2023 - janeiro de 2024) é a mais alta já registrada, 0,64°C acima da média de 1991-2020 e 1,52°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.

Parte da explicação seria o fenômeno El Niño. Mas seu impacto começou a enfraquecer no mês passado. Ainda assim, as temperaturas médias globais da superfície do mar em janeiro foram as mais altas de todos os meses de janeiro já registrados.

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"Além de ser o janeiro mais quente já registrado, acabamos de passar por um período de 12 meses com mais de 1,5°C (2,7°F) acima do período de referência pré-industrial", disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus.

"As reduções rápidas nas emissões de gases de efeito estufa são a única maneira de impedir o aumento das temperaturas globais", disse ela.

Em 2015, o mundo assinou o Acordo de Paris, no qual se comprometem a tentar impedir que o aquecimento global ultrapasse 1,5 grau Celsius. Essa seria a marca que, segundo os cientistas, abriria consequências mais graves e irreversíveis para o planeta.

Em 2023, porém, o mundo ultrapassou esse patamar. Em discursos nas últimas semanas, a cúpula da ONU tem insistindo que ainda há tempo para se evitar o pior. Mas uma parcela dos cientistas afirmara que a meta não pode mais ser atingida de forma realista.

Já cientistas dos EUA afirmaram que 2024 tem 99% de chance de estar entre os cinco anos mais quentes.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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