Jamil Chade

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Lula chama Biden a evento contra extrema direita e em defesa da democracia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o presidente Joe Biden para um encontro em Nova York, com o objetivo de formar uma aliança contra o extremismo e pela defesa da democracia. O evento ocorre no dia 24 de setembro, depois da abertura da Assembleia Geral da ONU.

Fontes envolvidas na preparação do evento revelaram que Biden ainda não deu uma resposta se estará presente. O evento ocorre no que promete ser um dos momentos mais importantes da campanha eleitoral nos EUA, poucas semanas antes da votação do dia 5 de novembro.

A ideia do governo brasileiro é de que tanto os americanos e brasileiros exigem uma resposta coordenada contra a extrema direita. Desde o primeiro encontro entre os dois, em março de 2023, Lula e Biden fazem referências ao fato de que o risco do extremismo não se limita a um país. Os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio e 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes são exemplos desse fenômeno.

Uma cúpula pela democracia havia sido também uma ideia de Biden, ainda como candidato. Ao assumir a presidência, seu evento passou a ser, acima de tudo, a construção de uma aliança contra a China. O uso do termo "democracia" na disputa por hegemonia com Pequim acabou afastando o Brasil e outros países da iniciativa.

Agora, além dos americanos, Lula quer uma ampla presença de outras democracias. O evento está sendo organizado em conjunto com o governo de Pedro Sánchez, da Espanha. O brasileiro indicou, já no mês passado, que havia conversado sobre a iniciativa com o francês Emmanuel Macron e o alemão Olaf Scholz.

A vitória do trabalhista Keir Starmer, no Reino Unido, também abriu as esperanças dos organizadores sobre a possibilidade da participação do britânico. Nesta semana, ele vive na prática a violência orquestrada por grupos de extrema direita que, a partir da difusão de uma mentira nas redes sociais, organizaram protestos violentos pelo país.

Apenas nesta quarta-feira, mais de cem atos estão sendo organizados pelo país por parte de movimentos ultra-radicais. Desde a semana passada, mais de 400 pessoas foram detidas, com mais de 100 delas já sendo indiciadas.

Os protestos, ainda que tenham eclodido depois de um crime bárbaro, começam a ser interpretados como uma tentativa de desestabilizar o recém empossado governo trabalhista.

O papel das redes sociais ao disseminar a mentira e ampliar o ódio foi criticado pelo novo primeiro-ministro.

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Críticas às redes sociais

Na agenda de Nova York, a esperança dos organizadores da cúpula é de que esse mecanismo de desinformação também seja alvo de um entendimento entre os governos democráticos.

Tanto Lula como Sanchez têm sido vozes críticas ao papel das redes sociais, em especial de Elon Musk, o dono da plataforma X (ex-Twitter).

Antes da chegada de Lula aos EUA para participar da abertura da Assembleia Geral da ONU e da reunião em defesa da democracia, o brasileiro fará uma visita ao México. A ideia é a de se despedir do Andrés Manuel Lopez Obrador, que termina seu mandato na presidência, e iniciar um diálogo com sua sucessora, Claudia Sheinbaum.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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