Jamil Chade

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Reportagem

Festa literária em Paracatu foca em acessibilidade e segue tendência global

O 2o Festival Literário Internacional de Paracatu (MG) cria uma iniciativa para permitir que participantes com deficiências possam estar presentes no evento que ocorre no final do mês.

Com uma operação de conscientização, o Fliparacatu, liderada pelo curador Afonso Borges, afirma que reconhece que as deficiências podem ser visíveis ou invisíveis, e que é "uma prioridade garantir que todos os participantes se sintam plenamente integrados e à vontade durante o festival".

Para isso, a equipe do evento vai contar com profissionais especializados, preparados para oferecer suporte e assistência personalizada. " Dessa forma, o tema da segunda edição do Fliparacatu, "Amor, Literatura e Diversidade", torna-se ainda mais tangível, atuando para acolher pessoas com quaisquer deficiências, sejam elas como forem", explicou o festival, em um comunicado.

Símbolos de algumas das principais deficiências - visíveis e invisíveis - serão difundidos para que o público do Fliparacatu saiba como agir caso uma pessoa com deficiência precise de ajuda.

A iniciativa partiu depois que, num outro festival no início do mês, uma pessoa necessitou de ajuda e não existia um protocolo sobre como agir. Os curadores da Fliparatacu optaram por levar aquela experiência e dar uma resposta.

A tendência já passou a ser um aspecto incontornável de alguns dos grandes eventos da literatura mundial.

Num recente estudo, a Fondazione LIA, uma entidade italiana que promove a cultura da acessibilidade, examinou os maiores eventos de livros da Europa e sinalizou que metade deles tem assistência disponível para o público com algum tipo de necessidade especial. Três deles teriam até guias especialmente contratados para acompanhar esse público.

Na Feira do Livro de Frankfurt, uma operação similar também passou a ser adotada. Em Istambul, a maior feira de livros decidiu há poucos anos colocar como tema central de seu evento "um mundo acessível". A ideia é de que livros devem estar acessíveis a todos, assim como seus autores e debates.

Quando ocorre o festival e quem estará presente

O Festival Literário Internacional de Paracatu - Fliparacatu - vai colocar no centro do debate o amor, a literatura e a diversidade como pilares da construção da democracia e antídotos contra a polarização e os extremismos. O evento acontece entre os dias 28 de agosto a 1 de setembro, reunindo mais de 50 autores nacionais e estrangeiros.

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Com uma homenagem ao escritor Aílton Krenak e ao poeta Lucas Guimaraens, a cidade mineira vai acolher ainda nomes como Conceição Evaristo, Eliana Alves Cruz, Sergio Rodrigues, Itamar Vieira Junior e Jeferson Tenório.

A programação ainda traz Bianca Santana, Edney Silvestre, Estevão Ribeiro, Geni Núñez, Juliana Monteiro, Léo Cunha, Matheus Leitão, Míriam Leitão, Simone Paulino, Marcia Tiburi, Ruth Manus, Taiane Santi Martins, Tino Freitas e Trudruá Dorrico.

Os destaques internacionais ficam para o italiano Roberto Parmeggiani e o francês Emmanuelle Arioli, assim como Igiaba Scego, autora ítalo-somali, que lança seu novo romance "Cassandra em Mogadício".

Reportagem

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