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Lula: Era para ser um "furo", virou um convescote com empresários
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Lula esperava fazer um encontro "top" na terça, com notícias de apoio e pontos em comum, com o mercado financeiro e grandes empresários. Deu ruim.
Transformou-se num convescote, uma espécie de coquetel de lançamento de um produto velho que sofreu um "remake". Um Iphone 14, sem novidades com relação ao 13.
No domingo, poucos e distintos, do grupo de Lula, compartilharam reunião, aí sim, com altos dirigentes e alguns proprietários do mercado financeiro, como Pedro Moreira Salles e Sergio Rial, para tratar do "softlanding" do mercado na gestão Lula 3.
Alexandre Padilha não estava entre os escolhidos de Lula. Cite-se Padilha, porque nosso médico ex-ministro da Saúde, está a alimentar o sonho de ser o Palocci II.Um Palocci fiel.
Tem-se feito convidar para eventos da Faria Lima e tentar ajustar discurso do PT com os ditirambos do mercado.
Está em plena campanha para ser ministro da Fazenda, desde que se aventou a hipótese do futuro "czar" da Economia ser um político. Sonhar não custa nada.
No domingo passado, se iniciou as "tratativas com a torre" para o "softlanding" do mercado, a parte não enviesada, que já percebeu que Bolsonaro já era.
Porém, o arremate estava previsto para terça, com mais adeptos e a preocupação de não passar a impressão de que Lula apenas acolheria àqueles que contribuíram para o partido.
Não ocorreu da forma esperada, e alguns participantes do encontro da terça se frustraram com o clima "coquetelesco" que a reunião tomou.
Gente em pé, conversando em pequenas rodas, assuntos rasos, todos felizes, todos amenos, como comporta às adesões feitas com esmero, para indicar que o mercado sempre pareceu estar com Lula.
Não foi assim, na penitência do PT, no limbo. Pedro Jobim da Legacy, que o diga. O "limer" citado, desde a assunção de Guedes, quer ver Asmodeu, para não ver Lula.
Mas, a "turma que dizia::"eu votei no Guedes", para escapar do opróbrio de se reconhecer eleitor de Bolsonaro, já esqueceu de Pedro Jobim e sua fascinação por Guedes, e já está "comprada" em Lula.
Porém, como a mistura de vinagre com azeite é difícil, terça, o capítulo não foi o colimado pelo núcleo do PT que organiza, de fato, o relacionamento com a Faria Lima.
Havia um incômodo no ar, dissipado pela "finesse" dos empresários, ao não tocar muito no assunto, que se tratava da manifestação de Márcio Pochmann sobre o PIX.
Encarada como voz do PT rudimentar.
Pochmann postou:
" Além de fortalecer o curso do processo neocolonial, o PIX aprofunda a lógica da financeirização rentista que não se preocupa com a produção, mas com a circulação do dinheiro. A nova operação bancária reduz o tempo de circulação do dinheiro e aumenta mais a movimentação bancária". (Sic).
Por parte do PT de Haddad, isso foi recebido como ignorância sobre o PIX e sobre o que é a moeda e seu papel. Na verdade, o grande intermediário entre Lula e mercado é Haddad, que não faria tal disparate, e será o ministro da Fazenda, se perder em São Paulo.
Por parte dos empresários suscitou mofa em alguns, e medo, em outros. Receio de que o primitivo entre, de novo, na moda. Eles comentaram, só entre eles.
O problema atual do PT, é que os quadros menos ideológicos foram afetados pelas operações antigas. Sobraram as turmas da Dilma e Mercadante, o PT rudimentar, que não está lambuzado, mas, produz pérolas desse tipo. E, vem mais por aí. As ostras estão se descolando do rochedo.
O fato é que o coquetel de terça -feira, não "terçou" para Lula.
Foi xoxo e causou um mal para o ex-presidente: Lula esperava que acabasse a tempo de ver o jogo do Corinthians com o Boca Juniors. Não deu.
O papo de convescote foi longe e acabou só a uma da madrugada da quarta-feira. Lula teve que se contentar com os melhores lances da partida. Que não existiram, além do pênalti desperdiçado.
Lula não perdeu nada. Com o jogo.
Perdeu o desiderato de fechar o apoio do mercado como imaginava.
Deu ruim, nesse sentido.
Mas, haverá nova oportunidade. Além da carne, o dinheiro é fraco. logo se curva para o Poder.
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