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Cassação de Deltan foi vingança, justiça e aviso para 'garçons do poder'
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Na avaliação do colunista do UOL José Roberto de Toledo, a cassação do mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi justa, mas também pode ser considerada uma vingança e um aviso para outras pessoas.
Durante o programa Análise da Notícia, Toledo afirmou que o texto da lei da Ficha Limpa prevê a cassação do mandato em casos como o de Deltan e também alertou que a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode ser vista como um aviso aos chamados "serviçais do poder".
A cassação do Deltan foi vingança, justiça e aviso para os 'garçons do poder'. José Roberto de Toledo
Acerto de contas entre PT e Deltan. A ação que culminou com a cassação do mandato de Deltan Dallagnol foi proposta pela Federação Brasil da Esperança, formada pelo PCdoB, PV e PT, que foi o principal alvo de Deltan durante a operação Lava Jato. "Não tem como negar que isso seja um tipo de vingança. O PT está acertando suas contas com Deltan", disse Toledo.
Chicana jurídica. Diante de uma série de procedimentos investigatórios no Ministério Público, Deltan renunciou ao cargo de procurador antes que os processos avançassem. Se fosse condenado em qualquer um dos processos, Deltan se tornaria inelegível por oito anos e não poderia concorrer a cargos políticos. De acordo com o colunista do UOL, "a condenação foi justa porque Deltan tentou fazer uma chicana jurídica para poder ser candidato".
Deltan deu uma de esperto renunciando de uma boquinha com a perspectiva de se eleger e ter uma boquinha muito melhor". José Roberto de Toledo
Aviso aos 'garçons do poder'. A decisão do TSE, segundo Toledo, é um aviso dos poderosos aos serviçais do poder para lembrá-los que imediatamente após prestarem seus serviços, eles podem ser dispensados. No caso de Deltan, não é mais necessário após prestar seus serviços na Lava Jato.
Aviso para Sergio Moro. Para o colunista, Moro e Deltan foram "garçons da extrema-direita" e a levaram até o poder. Depois de a extrema-direita ter chegado ao poder ambos se tornam descartáveis para os poderosos. "Moro e Deltan não participam da festa porque são apenas serviçais da extrema-direita. Moro é o próximo da fila, como ele mesmo já disse", avaliou Toledo.
Benefício duplo ao PL. Nas eleições de 2022 o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o maior beneficiado pela Lava Jato, conseguindo eleger 99 deputados federais. Além disso, com a cassação de Dallagnol, mais um deputado do PL tomou posse, chegando ao número de 100 deputados. Para além dos benefícios, o PL também é o responsável por mover a ação para cassar o registro da candidatura de Sergio Moro no Paraná por abuso de poder econômico.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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